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sexta-feira, 29 de maio de 2020
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Bionanotecnologia contra febre aftosa
Utilizando biossensores compostos por proteínas e nanopartículas, grupo da USP, em São Carlos, desenvolve tecnologia para monitorar vacinação de bovinos contra febre aftosa
Utilizando biossensores compostos por proteínas e nanopartículas, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um método inovador para detectar, em bovinos, o anticorpo da febre aftosa em animais.
O detector está sendo desenvolvido no Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicidade do Grupo de Biofísica do IFSC, coordenado pelo professor Valtencir Zucolotto. O projeto teve participação de Sérgio Mascarenhas e Gustavo Frigieri, do Instituto de Estudos Avançados do IFSC, e Bonald Figueiredo, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
De acordo com Zucolotto, as atividades do laboratório estão focadas no projeto "Estudo da interação entre materiais nanoestruturados e sistemas biológicos: aplicações ao estudo de nanotoxicidade e desenvolvimento de sensores para diagnóstico", financiado pela Fapesp na modalidade Auxílio à Pesquisa.
O projeto específico de desenvolvimento do detector é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo Zucolotto, a principal utilidade do biossensor, que utiliza conceitos de nanobiotecnologia, será o monitoramento da vacinação do gado contra a febre aftosa. Atualmente, segundo ele, o controle é feito apenas pela apresentação da nota fiscal da compra da vacina.
"A contaminação pode ser detectada clinicamente sem muita dificuldade, pelas feridas na boca e nos pés dos animais. Mas precisávamos de um método prático e eficiente para detectar a vacinação. O biossensor é capaz de fazer isso, porque detecta a presença de anticorpos da febre aftosa", disse Zucolotto à Agência Fapesp.
O pesquisador afirma que, além da apresentação da nota fiscal da compra da vacina, o outro método atualmente disponível para a detecção da vacinação é o uso de imunoensaios Elisa. Mas o inconveniente dessa alternativa é o maior custo e a necessidade de laboratórios especializados.
"Com o detector que estamos desenvolvendo, o pecuarista ou a vigilância sanitária podem verificar a vacinação em campo. Nenhum teste atualmente pode ser feito com essa praticidade. O leitor de Elisa é inviável para pequenos produtores. E a apresentação das notas fiscais é evidentemente um método ineficaz de controle", disse.
O novo método, segundo ele, pode ser utilizado por qualquer pessoa com formação técnica, diretamente no campo. "Os testes atuais custam em média R$ 20 mil. O nosso kit de detecção deverá ter o preço na escala de centenas de reais, apenas", declarou.
Segundo ele, a tecnologia do biossensor já foi completamente desenvolvida e teve sua eficácia testada no primeiro ano do projeto. Nos próximos dois anos o grupo trabalhará no desenvolvimento do produto. Um piloto do equipamento já deverá estar disponível dentro de um ano.
"Quando o kit estiver desenvolvido, um zootécnico poderá fazer o teste simplesmente gotejando o sangue do animal sobre lâminas que farão parte do equipamento. A resposta é dada a partir de diferenças na corrente elétrica, por meio de um circuito acoplado ao detector. Isso é possível com o uso de nanopartículas", afirmou.
Zucolotto afirma que a meta do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), do Ministério da Agricultura, é eliminar a febre aftosa do continente sul-americano até 2010. A vacinação contra febre aftosa ocorre duas vezes por ano. A expectativa é que aproximadamente 400 milhões de doses sejam dadas a um rebanho bovino composto por 150 milhões de cabeças de gado.
Desde 2005 o país não registra nenhum caso de febre aftosa. "O último atingiu os estados do Mato Grosso do Sul e Paraná e causou um embargo internacional ao produto. É preciso um monitoramento contínuo da vacinação, pois a doença pode fugir do controle rapidamente", disse.
Fonte:
Jornal da Ciência. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=66574 Acesso em 09 nov 2009.
Utilizando biossensores compostos por proteínas e nanopartículas, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um método inovador para detectar, em bovinos, o anticorpo da febre aftosa em animais.
O detector está sendo desenvolvido no Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicidade do Grupo de Biofísica do IFSC, coordenado pelo professor Valtencir Zucolotto. O projeto teve participação de Sérgio Mascarenhas e Gustavo Frigieri, do Instituto de Estudos Avançados do IFSC, e Bonald Figueiredo, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
De acordo com Zucolotto, as atividades do laboratório estão focadas no projeto "Estudo da interação entre materiais nanoestruturados e sistemas biológicos: aplicações ao estudo de nanotoxicidade e desenvolvimento de sensores para diagnóstico", financiado pela Fapesp na modalidade Auxílio à Pesquisa.
O projeto específico de desenvolvimento do detector é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo Zucolotto, a principal utilidade do biossensor, que utiliza conceitos de nanobiotecnologia, será o monitoramento da vacinação do gado contra a febre aftosa. Atualmente, segundo ele, o controle é feito apenas pela apresentação da nota fiscal da compra da vacina.
"A contaminação pode ser detectada clinicamente sem muita dificuldade, pelas feridas na boca e nos pés dos animais. Mas precisávamos de um método prático e eficiente para detectar a vacinação. O biossensor é capaz de fazer isso, porque detecta a presença de anticorpos da febre aftosa", disse Zucolotto à Agência Fapesp.
O pesquisador afirma que, além da apresentação da nota fiscal da compra da vacina, o outro método atualmente disponível para a detecção da vacinação é o uso de imunoensaios Elisa. Mas o inconveniente dessa alternativa é o maior custo e a necessidade de laboratórios especializados.
"Com o detector que estamos desenvolvendo, o pecuarista ou a vigilância sanitária podem verificar a vacinação em campo. Nenhum teste atualmente pode ser feito com essa praticidade. O leitor de Elisa é inviável para pequenos produtores. E a apresentação das notas fiscais é evidentemente um método ineficaz de controle", disse.
O novo método, segundo ele, pode ser utilizado por qualquer pessoa com formação técnica, diretamente no campo. "Os testes atuais custam em média R$ 20 mil. O nosso kit de detecção deverá ter o preço na escala de centenas de reais, apenas", declarou.
Segundo ele, a tecnologia do biossensor já foi completamente desenvolvida e teve sua eficácia testada no primeiro ano do projeto. Nos próximos dois anos o grupo trabalhará no desenvolvimento do produto. Um piloto do equipamento já deverá estar disponível dentro de um ano.
"Quando o kit estiver desenvolvido, um zootécnico poderá fazer o teste simplesmente gotejando o sangue do animal sobre lâminas que farão parte do equipamento. A resposta é dada a partir de diferenças na corrente elétrica, por meio de um circuito acoplado ao detector. Isso é possível com o uso de nanopartículas", afirmou.
Zucolotto afirma que a meta do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), do Ministério da Agricultura, é eliminar a febre aftosa do continente sul-americano até 2010. A vacinação contra febre aftosa ocorre duas vezes por ano. A expectativa é que aproximadamente 400 milhões de doses sejam dadas a um rebanho bovino composto por 150 milhões de cabeças de gado.
Desde 2005 o país não registra nenhum caso de febre aftosa. "O último atingiu os estados do Mato Grosso do Sul e Paraná e causou um embargo internacional ao produto. É preciso um monitoramento contínuo da vacinação, pois a doença pode fugir do controle rapidamente", disse.
Fonte:
Jornal da Ciência. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=66574 Acesso em 09 nov 2009.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Consumidor já valoriza a certificação

No primeiro caso, 81% dos entrevistados disseram que sim, escolheriam madeiras, pisos, portas ou mel e castanhas que fossem mais "verdes" e socialmente justos. No segundo, 85% revelaram que pagariam mais caro por produtos agrícolas ou carne certificada - uma prática recente e ainda tímida no Brasil."A pesquisa mostra uma familiarização progressiva do brasileiro com o tema e a disponibilidade de pagar por isso" comemora Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra. "E pedir o mesmo nos produtos agropecuários me parece uma evolução importante". O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, hoje coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, é mais cético e relativiza a promessa do consumidor. "Este mercado ainda não é claro", diz. "Na hora de expressar a intenção, o pessoal diz que pagaria mais. Mas lá no supermercado, quando se apresenta um produto mais caro e outro mais barato, o cliente fica com o barato." E emenda: "Mas acho que, no longo prazo, isso vai acontecer. "Smeraldi e Rodrigues, junto de outros ambientalistas, produtores e sindicalistas, estão à frente de uma experiência pioneira no país - a Iniciativa Brasileira para Certificação Agrícola e Pecuária -, que começou há três anos. A lógica do movimento é a constatação que o Brasil está em primeiro ou segundo lugar na produção das principais commodities do mundo e seria natural que liderasse um processo de certificação agropecuária."Não quero correr o risco de ter que engolir a certificação de terceiros ou uma picaretagem", diz Rodrigues. "Pensamos em montar algo sério, uma certificação sobre a égide do tropicalismo, em um processo de equilíbrio entre produtor, ambientalista e consumidor. "Dentro do fórum, ambientalistas e exportadores puxam o coro de critérios rigorosos, para dar credibilidade ao processo. Quem trabalha mais no mercado interno tende a puxar o freio, dizer que muita sofisticação excluirá participantes. A sinalização da pesquisa Datafolha, no entanto, é a de que os consumidores querem conhecer a origem dos produtos que compram.Há dois anos, uma outra pesquisa com amostra semelhante foi feita pelo Ministério do Meio Ambiente com a organização não governamental ISER e conduzida pelo Vox Populi. Ali, a marca da mais famosa certificação no Brasil, o selo FSC do Forest Stewardship Council, era desconhecida do público. Agora, na enquete Datafolha, 20% dos entrevistados disseram conhecer produtos com selo FSC. De maneira espontânea, citaram a Faber-Castell e a Natura como empresas que exibem o selo em seus produtos."Apesar da crise e de tudo o que está acontecendo, nunca a certificação cresceu tanto", diz o biólogo brasileiro Roberto Waack, chairman do FSC, entidade internacional com base na Alemanha. "Os níveis de crescimento são históricos", reforça. O Brasil, lembra, é muito forte no segmento de florestas plantadas, mas tem participação tímida na produção de madeira tropical certificada. Luis Fernando Guedes Pinto, secretário-executivo do Imaflora, o principal certificado do Brasil, diz que "a sociedade brasileira acordou para o fato que a agropecuária é o grande vetor de impacto no país, seja de desenvolvimento, degradação ou condições de trabalho". Segundo ele, o consumidor ainda não entende a conexão que o açúcar, o café ou o bife têm com o ambiente ou a vida das pessoas. "Mas começa a demonstrar que quer ser informado sobre isso".No front empresarial, destaca, "existe um grupo de empresários que merece ser diferenciado, que têm tecnologia, conservam o ambiente, tratam bem seus trabalhadores, e a prova disso é que a certificação só aumenta. É um instrumento diferenciador, a garantia daquela diferença."A pesquisa Datafolha não explorou um dos tópicos mais atuais no debate de selos e rótulos - o dos produtos que têm organismos geneticamente modificados, mais conhecidos como transgênicos, em sua formulação. A legislação determina, mas os fabricantes não rotulam, amparando-se na ambiguidade da lei ou na dificuldade de se provar a presença do transgênico no produto."Todos têm o direito de saber o que estão comendo" diz Rafael Cruz, coordenador da campanha transgênicos do Greenpeace. "Se podemos saber se um produto têm corantes porque não saber que foi modificado geneticamente?" questiona. "As empresas têm que cumprir a determinação e o Ministério da Agricultura deve fiscalizar a cadeia, do campo à prateleira."(Valor Econômico, 18/5)
Fonte:
Jornal da Ciência. Consumidor já Valoriza a Certificação. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=63493 Acesso em: 19 maio 2009.
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segunda-feira, 11 de maio de 2009
Pandemia de gripe de 1918
Abrigados em trincheiras, os soldados enfrentavam, além de um inimigo sem rosto, chuvas, lama, piolhos e ratos. Eram vitimados por doenças como a tifo e a febre quintana, quando não caíam mortos por tiros e gases venenosos.
Parece bem ruim, não é mesmo? Era. Mas a situação naquela Europa transformada em campo de batalha da Primeira Grande Guerra Mundial pioraria ainda mais em 1918. Tropas inteiras griparam-se, mas as dores de cabeça, a febre e a falta de ar eram muito graves e, em poucos dias, o doente morria incapaz de respirar e com o pulmões cheios de líquido.
Em carta descoberta e publicada no British Medical Journal quase 60 anos depois da pandemia de 1918-1919, um médico norte-americano diz que a doença começa como o tipo comum de gripe, mas os doentes “desenvolvem rapidamente o tipo mais viscoso de pneumonia jamais visto. Duas horas após darem entrada [no hospital], têm manchas castanho-avermelhadas nas maçãs do rosto e algumas horas mais tarde pode-se começar a ver a cianose estendendo-se por toda a face a partir das orelhas, até que se torna difícil distinguir o homem negro do branco. A morte chega em poucas horas e acontece simplesmente como uma falta de ar, até que morrem sufocados. É horrível. Pode-se ficar olhando um, dois ou 20 homens morrerem, mas ver esses pobres-diabos sendo abatidos como moscas deixa qualquer um exasperado”.
Enfermaria com gripados em Luxemburgo. NMHM/US. A gripe espanhola – como ficou conhecida devido ao grande número de mortos na Espanha – apareceu em duas ondas diferentes durante 1918. Na primeira, em fevereiro, embora bastante contagiosa, era uma doença branda não causando mais que três dias de febre e mal-estar. Já na segunda, em agosto, tornou-se mortal.
Enquanto a primeira onda de gripe atingiu especialmente os Estados Unidos e a Europa, a segunda devastou o mundo inteiro: também caíram doentes as populações da Índia, Sudeste Asiático, Japão, China e Américas Central e do Sul.
O mal chega ao Brasil
No Brasil, a epidemia chegou ao final de setembro de 1918: marinheiros que prestaram serviço militar em Dakar, na costa atlântica da África, desembarcaram doentes no porto de Recife. Em pouco mais de duas semanas, surgiram casos de gripe em outras cidades do Nordeste, em São Paulo e no Rio de Janeiro, que era então a capital do país.
Morto pela gripe. Rio de Janeiro. Clube de Engenharia. As autoridades brasileiras ouviram com descaso as notícias vindas de Portugal sobre os sofrimentos provocados pela pandemia de gripe na Europa. Acreditava-se que o oceano impediria a chegada do mal ao país. Mas, com tropas em trânsito por conta da guerra, essa aposta se revelou rapidamente um engano.
Tinha-se medo de sair à rua. Em São Paulo, especialmente, quem tinha condições deixou a cidade, refugiando-se no interior, onde a gripe não tinha aparecido. Diante do desconhecimento de medidas terapêuticas para evitar o contágio ou curar os doentes, as autoridades aconselhavam apenas que se evitasse as aglomerações.
Nos jornais multiplicavam-se receitas: cartas enviadas por leitores recomendavam pitadas de tabaco e queima de alfazema ou incenso para evitar o contágio e desinfetar o ar. Com o avanço da pandemia, sal de quinino, remédio usado no tratamento da malária e muito popular na época, passou a ser distribuído à população, mesmo sem qualquer comprovação científica de sua eficiência contra o vírus da gripe.
Clube de Engenharia.
Imagine a avenida Rio Branco ou a avenida Paulista sem congestionamentos ou pessoas caminhando pelas calçadas. Pense nos jogos de futebol. Mas, ao invés de estádios cheios, imagine os jogadores exibindo suas habilidades em campo para arquibancadas vazias. Pois, durante a pandemia de 1918, as cidades ficaram exatamente assim: bancos, repartições públicas, teatros, bares e tantos outros estabelecimentos fecharam as portas ou por falta de funcionários ou por falta de clientes.
Pedro Nava, historiador que presenciou os acontecimentos no Rio de Janeiro em 1918, escreve que “aterrava a velocidade do contágio e o número de pessoas que estavam sendo acometidas. Nenhuma de nossas calamidades chegara aos pés da moléstia reinante: o terrível não era o número de casualidades - mas não haver quem fabricasse caixões, quem os levasse ao cemitério, quem abrisse covas e enterrasse os mortos. O espantoso já não era a quantidade de doentes, mas o fato de estarem quase todos doentes, a impossibilidade de ajudar, tratar, transportar comida, vender gêneros, aviar receitas, exercer, em suma, os misteres indispensáveis à vida coletiva”.
Durante a pandemia de 1918, Carlos Chagas assumiu a direção do Instituto Oswaldo Cruz, reestruturando sua organização administrativa e de pesquisa. A convite do então presidente da república, Venceslau Brás, Chagas liderou ainda a campanha para combater a gripe espanhola, implementando cinco hospitais emergenciais e 27 postos de atendimento à população em diferentes pontos do Rio de Janeiro.
Estima-se que entre outubro e dezembro de 1918, período oficialmente reconhecido como pandêmico, 65% da população adoeceu. Só no Rio de Janeiro, foram registradas 14.348 mortes. Em São Paulo, outras 2.000 pessoas morreram.
A evolução de um vírus mortal
Tratamento preventivo contra gripe. EUA. NMHM/US. Ainda hoje restam dúvidas sobre onde surgiu e o que fez da gripe de 1918 uma doença tão terrível. Estudos realizados entre as décadas de 1970 e 1990 sugerem que uma nova cepa de vírus influenza surgiu em 1916 e que, por meio de mutações graduais e sucessivas, assumiu sua forma mortal em 1918.
Essa hipótese é corroborada por outro mistério da ciência: um surto de encefalite letárgica, espécie de doença do sono que foi inicialmente associada à gripe, surgido em 1916.
As estimativas do número de mortos em todo o mundo durante a pandemia de gripe em 1918-1919 variam entre 20 e 40 milhões. Para você ter uma ideia nem os combates da primeira ou da segunda Grande Guerra Mundial mataram tanto. Cerca de 9 milhões e 200 mil pessoas morreram nos campos de batalha da Primeira Grande Guerra (1914-1918). A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) responde pela morte de 15 milhões de combatentes.
Fonte:
História. Disponível em: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=815&sid=7 Acesso: 11 maio 2009.
Parece bem ruim, não é mesmo? Era. Mas a situação naquela Europa transformada em campo de batalha da Primeira Grande Guerra Mundial pioraria ainda mais em 1918. Tropas inteiras griparam-se, mas as dores de cabeça, a febre e a falta de ar eram muito graves e, em poucos dias, o doente morria incapaz de respirar e com o pulmões cheios de líquido.
Em carta descoberta e publicada no British Medical Journal quase 60 anos depois da pandemia de 1918-1919, um médico norte-americano diz que a doença começa como o tipo comum de gripe, mas os doentes “desenvolvem rapidamente o tipo mais viscoso de pneumonia jamais visto. Duas horas após darem entrada [no hospital], têm manchas castanho-avermelhadas nas maçãs do rosto e algumas horas mais tarde pode-se começar a ver a cianose estendendo-se por toda a face a partir das orelhas, até que se torna difícil distinguir o homem negro do branco. A morte chega em poucas horas e acontece simplesmente como uma falta de ar, até que morrem sufocados. É horrível. Pode-se ficar olhando um, dois ou 20 homens morrerem, mas ver esses pobres-diabos sendo abatidos como moscas deixa qualquer um exasperado”.
Enfermaria com gripados em Luxemburgo. NMHM/US. A gripe espanhola – como ficou conhecida devido ao grande número de mortos na Espanha – apareceu em duas ondas diferentes durante 1918. Na primeira, em fevereiro, embora bastante contagiosa, era uma doença branda não causando mais que três dias de febre e mal-estar. Já na segunda, em agosto, tornou-se mortal.
Enquanto a primeira onda de gripe atingiu especialmente os Estados Unidos e a Europa, a segunda devastou o mundo inteiro: também caíram doentes as populações da Índia, Sudeste Asiático, Japão, China e Américas Central e do Sul.
O mal chega ao Brasil
No Brasil, a epidemia chegou ao final de setembro de 1918: marinheiros que prestaram serviço militar em Dakar, na costa atlântica da África, desembarcaram doentes no porto de Recife. Em pouco mais de duas semanas, surgiram casos de gripe em outras cidades do Nordeste, em São Paulo e no Rio de Janeiro, que era então a capital do país.
Morto pela gripe. Rio de Janeiro. Clube de Engenharia. As autoridades brasileiras ouviram com descaso as notícias vindas de Portugal sobre os sofrimentos provocados pela pandemia de gripe na Europa. Acreditava-se que o oceano impediria a chegada do mal ao país. Mas, com tropas em trânsito por conta da guerra, essa aposta se revelou rapidamente um engano.
Tinha-se medo de sair à rua. Em São Paulo, especialmente, quem tinha condições deixou a cidade, refugiando-se no interior, onde a gripe não tinha aparecido. Diante do desconhecimento de medidas terapêuticas para evitar o contágio ou curar os doentes, as autoridades aconselhavam apenas que se evitasse as aglomerações.
Nos jornais multiplicavam-se receitas: cartas enviadas por leitores recomendavam pitadas de tabaco e queima de alfazema ou incenso para evitar o contágio e desinfetar o ar. Com o avanço da pandemia, sal de quinino, remédio usado no tratamento da malária e muito popular na época, passou a ser distribuído à população, mesmo sem qualquer comprovação científica de sua eficiência contra o vírus da gripe.
Clube de Engenharia.
Imagine a avenida Rio Branco ou a avenida Paulista sem congestionamentos ou pessoas caminhando pelas calçadas. Pense nos jogos de futebol. Mas, ao invés de estádios cheios, imagine os jogadores exibindo suas habilidades em campo para arquibancadas vazias. Pois, durante a pandemia de 1918, as cidades ficaram exatamente assim: bancos, repartições públicas, teatros, bares e tantos outros estabelecimentos fecharam as portas ou por falta de funcionários ou por falta de clientes.
Pedro Nava, historiador que presenciou os acontecimentos no Rio de Janeiro em 1918, escreve que “aterrava a velocidade do contágio e o número de pessoas que estavam sendo acometidas. Nenhuma de nossas calamidades chegara aos pés da moléstia reinante: o terrível não era o número de casualidades - mas não haver quem fabricasse caixões, quem os levasse ao cemitério, quem abrisse covas e enterrasse os mortos. O espantoso já não era a quantidade de doentes, mas o fato de estarem quase todos doentes, a impossibilidade de ajudar, tratar, transportar comida, vender gêneros, aviar receitas, exercer, em suma, os misteres indispensáveis à vida coletiva”.
Durante a pandemia de 1918, Carlos Chagas assumiu a direção do Instituto Oswaldo Cruz, reestruturando sua organização administrativa e de pesquisa. A convite do então presidente da república, Venceslau Brás, Chagas liderou ainda a campanha para combater a gripe espanhola, implementando cinco hospitais emergenciais e 27 postos de atendimento à população em diferentes pontos do Rio de Janeiro.
Estima-se que entre outubro e dezembro de 1918, período oficialmente reconhecido como pandêmico, 65% da população adoeceu. Só no Rio de Janeiro, foram registradas 14.348 mortes. Em São Paulo, outras 2.000 pessoas morreram.
A evolução de um vírus mortal
Tratamento preventivo contra gripe. EUA. NMHM/US. Ainda hoje restam dúvidas sobre onde surgiu e o que fez da gripe de 1918 uma doença tão terrível. Estudos realizados entre as décadas de 1970 e 1990 sugerem que uma nova cepa de vírus influenza surgiu em 1916 e que, por meio de mutações graduais e sucessivas, assumiu sua forma mortal em 1918.
Essa hipótese é corroborada por outro mistério da ciência: um surto de encefalite letárgica, espécie de doença do sono que foi inicialmente associada à gripe, surgido em 1916.
As estimativas do número de mortos em todo o mundo durante a pandemia de gripe em 1918-1919 variam entre 20 e 40 milhões. Para você ter uma ideia nem os combates da primeira ou da segunda Grande Guerra Mundial mataram tanto. Cerca de 9 milhões e 200 mil pessoas morreram nos campos de batalha da Primeira Grande Guerra (1914-1918). A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) responde pela morte de 15 milhões de combatentes.
Fonte:
História. Disponível em: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=815&sid=7 Acesso: 11 maio 2009.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Água - futura commodity

A assembleia Geral das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 22 de fevereiro de 1993 declarou como Dia Mundial das Águas (DMA) o dia 22 de março de cada ano, o que demonstra a importância deste líquido. Pode parecer absurdo dar tanta ênfase a esta substância quando a terra tem 70% de sua superfície coberta por este líquido. Entretanto, é bom lembrar que a maior parte dele, 97,5% é água salgada dos mares e oceanos, imprópria para o consumo humano e produção de alimentos. Os 2,5% restantes, água doce, também não estão, totalmente, disponíveis para uso, a sua maior parte, 68,9% está nas calotas polares e nas geleiras, 29,9% são águas subterrâneas e 0,9% são relativas às umidades dos solos e dos pântanos. Somente 23 países detêm dois terços das reservas de água potável e 47% dos recursos hídricos estão na América do Sul, sendo que deste total, mais da metade, cerca de 53%, estão no Brasil. De acordo com a ONU, mais de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e perto de 2,5 bilhões não dispõem de qualquer tipo de saneamento. Como resultado, 8 milhões de pessoas morrem por ano por causa de doenças relacionadas com a água, das quais 50% são crianças.Ainda, segundo este mesmo órgão, dentro de 25 anos existirão 4 bilhões de pessoas sem água para satisfazer as suas necessidades básicas. Continuando esta tendência, acredita-se que este líquido deva tornar-se uma mercadoria de elevado valor no mercado internacional nos próximos 40 anos. Lembra-se, por oportuno, que o preço, hoje, de uma garrafa de 500 ml de água está em torno de R$ 1,00, quanto custará daqui a algumas décadas? Esta escassez está ligada a dois fatores importantíssimos para o futuro do mundo: o crescimento populacional que, segundo a ONU, hoje somos seis bilhões e a previsão é que cheguemos aos nove bilhões nos próximos 50 anos. Afirma esta entidade que são os países em desenvolvimento, aí englobados os detentores deste recurso, que mais sofrerão, uma vez que quase a totalidade deste crescimento se dará neles. O outro fator está ligado à degradação do meio ambiente motivada pela intensa urbanização, pelo desmatamento e pela contaminação por atividades industriais.A ONU estima que dentro de 20 anos, as guerras serão por causa da água. É bom lembrar que desde 3.100 a.C. já existiam guerras por causa deste precioso líquido. Nesta época, surgiu na Mesopotâmia a civilização Sumeriana, que fazia a administração geral das águas dos Rios Tigre e Eufrates, através do Poder Público. Era uma questão militar em todas as principais cidades sumérias. Em 1997, houve a crise entre a Malásia e Singapura. A Malásia controla metade da oferta de água de Singapura e ameaçou cortar o suprimento, após críticas formuladas ao seu governo. Na África, as relações entre Botsuana e Namíbia ficaram estremecidas por causa dos planos da Namíbia de construir um aqueduto para desviar águas do Rio Okavango, comum aos dois países.Além da água ser vida, o seu uso é muito diversificado. Cabe aqui, introduzir um novo conceito para este líquido que é o de “Água Virtual”. Essa é a água gasta para produzir um bem, um produto ou serviço.Ela está embutida no produto, não apenas no sentido visível, físico, mas também no sentido “virtual” considerando a água necessária aos processos produtivos. Atualmente, em discussões técnicas, esta água está sendo avaliada como um instrumento estratégico na política de água. O comércio agrícola promove uma enorme transferência de água de região onde ela se encontra de forma abundante e de baixo custo para outras regiões onde é escassa, cara e seu uso compete com outras prioridades. É visível que este comércio crescerá futuramente, junto com o esgotamento e contaminação deste recurso. Para se ter ideia do que afirmamos, a China importa em torno de 18 milhões de toneladas de soja por ano, a um custo de 3,5 milhões de dólares que carregam 45 milhões de m3 de água. Em 2003, o Brasil exportou 1,3 milhões de toneladas de carne bovina, com uma receita de 1,5 milhões de dólares e exportou, também, 19,5 km3 de água virtual. A conclusão a que se chega é que a escassez transformará a água, atualmente um direito, em uma commodity valiosa. Nesse caso, os governos dos países detentores devem adotar políticas e procedimentos que garantam a manutenção das suas reservas e que, também, viabilizem o fornecimento deste líquido de uma forma subsidiada, de maneira que os pobres possam ter acesso a ele, cobrando daqueles que podem pagar. Não deixar de lado o fator educacional que é fundamental para a sua conservação e para evitar o desperdício. O Brasil detém grande parte da água doce do planeta e não deve continuar a desperdiçá-la e poluí-la como vem fazendo até agora.
Fonte:
Fonte:
SILVA, G. A. Jornal da Ciência. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=62730 Acesso: 08 abr 2009.
quarta-feira, 11 de março de 2009
LANÇAMENTO

Convido a todos para o lançamento de três vídeos e um sítio virtual, http://www.cuidardosalimentos.fiocruz.br/ , a ser realizado conforme informações no convite acima.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Lançamento do Projeto

Convido a todos para o lançamento de três vídeos e um sítio virtual, www.cuidardosalimentos.fiocruz.br , a ser realizado conforme informações no convite acima.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Culturas em risco

O documento revelou que das 6.700 mil línguas existentes no mundo, cerca de 2.500 estão ameaçadas de extinção — 190 delas no Brasil. Os números fazem parte da terceira versão do “Atlas das Línguas em Perigo no Mundo”, o primeiro lançado desde 2001. O documento destaca o Brasil como país de grande diversidade linguística e frisa que há políticas sendo desenvolvidas com o intuito de recuperar muitas das línguas ameaçadas.Ainda assim, o país aparece entre que mais apresentam línguas em risco — todas elas indígenas. A nova versão do atlas, apresenta mudanças nos critérios de classificação das línguas em relação às anteriores. Agora, uma língua é considerada “em perigo” quando as crianças já não a aprendem com suas famílias, como língua materna, e se tornam bilíngues passivos, ou seja, entendem, mas não falam. Uma única pessoa fala livoniano. O documento estabelece quatro níveis de vitalidade para as línguas: “vulneráveis” (as crianças falam, mas é usada somente no âmbito familiar); “ameaçadas” e “seriamente ameaçadas” (quando apenas as pessoas mais idosas e em número cada vez menor a utilizam); e “em situação crítica” (só utilizada pelos idosos e, ainda assim, muito raramente).
A situação é dramática em muitos casos. Para se ter uma ideia, só existe um falante nativo de livoniano em todo o planeta, na Letônia. A língua Eyak, do Alasca, foi declarada oficialmente extinta no ano passado, quando a última pessoa capaz de falá-la morreu. Esses são apenas dois exemplos em 2.500, frisam os autores do documento. De acordo com o documento, somente ao longo das três últimas gerações nada menos que 200 línguas se tornaram extintas e outras 199 são faladas por menos de dez pessoas. Mais de um quarto das 192 línguas que já foram usadas nas Nações Unidas desapareceram. Outras 71 são consideradas “seriamente ameaçadas”. Na apresentação do novo atlas ontem, os linguistas responsáveis pelo trabalho frisaram que as línguas em perigo não estão restritas a países pequenos ou áreas remotas do globo. O Brasil é um bom exemplo disso. Além disso, os especialistas querem encorajar os imigrantes a preservarem suas línguas nativas.— Línguas em risco são um fenômeno universal — afirmou o linguista australiano Christopher Moseley, um dos responsáveis pela edição do atlas.
Nos Estados Unidos foram registradas 192 línguas ameaçadas — a grande maioria também indígena. É o caso de Gros Ventre, falada por menos de dez pessoas, em uma reserva no centro de Montana. Todas são bem idosas e nenhuma delas é fluente na língua. A última pessoa que a falava de forma fluente morreu em 1981. No norte do estado de Wisconsin há um caso semelhante.Trata-se da língua menomonee, com apenas 35 falantes. Idiomas indígenas nas escolas. A Rússia também apresenta um número elevado de línguas ameaçadas, 136. Há línguas criticamente ameaçadas, como a tundra enets, falada somente em algumas poucas ilhas da região do Ártico, e aquela falada por apenas uma pessoa. Mas nem tudo está perdido, dizem os especialistas. No caso do livoniano, por exemplo, a língua praticamente extinta vem sendo resgatada por alguns jovens e por meio da poesia. O mesmo estaria acontecendo no Brasil, segundo os especialistas. Das 190 línguas ameaçadas registradas aqui, alguma se encontram em estado bastante crítico, como o crenaque, idioma indígena do sudeste, falado por menos de dez pessoas. E algumas já extintas, como omaguá e xacriabá. Mas, como frisa Marleen Habard, editora do atlas para as regiões andinas, os grupos indígenas da América do Sul estão na vanguarda mundial no que diz respeito à preservação de línguas. Eles pressionam seus governos para reconhecê-las e protegê-las. No caso específico do Brasil, muitas línguas da Amazônia, por conta da pressão das comunidades indígenas, têm sido ensinadas nas escolas, ao lado do português. Na América Latina, o México aparece com 144 línguas ameaçadas. No Equador, com 20 línguas em perigo, se destaca o ressurgimento, nos últimos anos, da língua andoa, com apenas 100 palavras, e do zápara, que se acreditavam extintas e substituídas pelo quechua. Foi um jornalista quem descobriu um pequeno grupo de falantes do andoa em 2000, na fronteira com o Peru. De sua parte, a Bolívia registra 39 línguas em risco — uma das mais baixas listagens da região. O Peru aparece com 62, e a Colômbia com 68. Para o coordenador geral do atlas, Christopher Moseley, “seria ingênuo e simplista afirmar que as grandes línguas de passado colonial, como inglês, francês e espanhol, são sempre as responsáveis pela extinção das outras”. — Há um jogo de forças sutil — afirmou. Para Françoise Riviere, diretora de cultura da Unesco, a noção da importância da preservação das línguas maternas é crescente. — Estamos ensinando às pessoas que a língua do país natal é importante, e que devemos nos orgulhar de nossa língua.
Das 190 línguas do Brasil apontadas pelo novo atlas da Unesco como ameaçadas, as que se encontram em situação mais grave são aquelas faladas por grupos de até dez pessoas. Ao todo, 33 línguas, a grande maioria na Amazônia, se encontram nessa situação e são consideradas criticamente ameaçadas. Os casos mais dramáticos são os das línguas faladas por apenas uma pessoa. Há pelo menos dois exemplos disso no Brasil, no caso da língua apiaká, pertencente a um grupo original do norte do estado de Mato Grosso; e da caixana, no Amazonas, falada somente por Raimundo Avelino, de 78 anos, que vive na localidade de Limoeiro, em Japurá.Várias outras línguas são listadas como tendo somente dois falantes nativos, como guarasu e curuaia, ambas na Região Norte.
Fonte:
Fonte:
Jornal da Ciência. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=61838 Acesso em 02 mar 2009.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Água Mais Ácida Confunde Peixe

Fonte: Jornal da Ciência. Água mais ácida confunde peixe. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=61495
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Infestação perigosa

Leia o artigo em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822008000500011&lng=en&nrm=iso&tlng=pt(Agência Fapesp, 28/1)
Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=61356
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Microrganismos da Obesidade

Fonte:
Micróbios da obesidade. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=61182 Acesso em: 21 jan 2009.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Entrevista

e Tecnologia de Pescado e Derivados - ao meu blog.
1 - Quais são os aspectos relevantes nas sustentabilidades do pescado no Brasil e no mundo.
Segundo a FAO a humanidade enfrenta um desafio: como assegurar sustentabilidade dos recursos pesqueiros quando o nível da demanda aumenta além do que nosso ambiente aquático é capaz de suprir? Some-se a isto o fato de que esta pressão parece aumentar continuamente como resultado do crescimento populacional e a expansão constante do comércio.
Para alcançar um uso sustentável dos recursos pesqueiros a FAO julga ser necessário estabelecer sistemas de gestão que limitem as capturas de modo que possam se enquadrar à capacidade ótima da natureza de recriar /reproduzir os recursos. Isto leva ao reconhecimento da importância chave da aplicação e garantia de direitos de pesca (ou reconhecer direitos informalmente já existentes). Isto significa que estes direitos têm de ser claramente definidos o que por sua vez implica que faz-se mister saber QUEM tem estes direitos (a quem pertence um direito de pesca), quais os limites precisos de cada direito, e de como estes direitos são protegidos e garantidos. Os sistemas de gestão devem criar incentivos que eliminem as pescarias que superem a capacidade dos recursos, limitem a inversão na captura e aproveitamento não proporcional aos volumes ótimos dos estoques pesqueiros dentro de um período longo de tempo, e encoragem o interesse dos pescadores na reconstrução e manutenção dos estoques pesqueiros.
O setor pesqueiro é particularmente susceptível ao impacto de outras atividades terrestres ou aquáticas sobre o ambiente marinho, sua qualidade e produtividade. Diante da certeza de que a pesca deve fazer uma contribuição ótima ao bem estar econômico e social, estas interações devem ser levadas em conta, através da integração em estruturas maiores de gestão das áreas costeiras.
No caso particular do Brasil tem importância prioritária a pesca artesanal que contribui de modo fundamental para a nutrição, segurança alimentar, sustentabilidade da subsistência e diminuição da pobreza. Mais uma vez segundo a FAO, esta contribuição da pesca artesanal à sustentação do desenvolvimento do país deve ser plenamente compreendida. A pesca artesanal e os pescadores artesanais não podem sejam marginalizados: sua importância para a economia nacional e segurança alimentar deve ser reconhecida, valorizada e amparada. Ao setor deve ser dado o poder de participação no processo decisório com dignidade e respeito através da gestão integrada dos sistemas sociais, econômicos e ecológicos que o alicerçam.
2 - Aspectos atuais sobre a utilização de medicamentos veterinários em aquicultura e sua repercussão atual na saúde humana
Com o desenvolvimento da aqüicultura e o conhecimento da existência de uma série de doenças que afetam os animais aquáticos houve um aumento no uso de medicamentos veterinários nos sistemas intensivo de cultivos. Os antibióticos passaram a ser comumente usados na aqüicultura de vários países para tratar infecções causadas por vários agentes patógenos tais como Aeromonas, Edwarsiella, Pasteurella, Vibrio e Yersinia. Os medicamentos são comumente usados como ingredientes de rações ou como revestimento de rações peletizadas e assim dispersos na água de cultivo. O uso destes medicamentos está associado a novos perigos e riscos para a Saúde Pública com referência ao consumo de pescado cultivado. Entre estes problemas e riscos estão os causados pelos resíduos de antibióticos e o desenvolvimento de resistência anti-microbiana nas bactérias que podem ser transferidas ao homem através do consumo do pescado cultivado. Os problemas incluem também alergias e efeitos tóxicos.
Um fator importante a considerar é a ausência de evidências científicas relacionadas à comprovação de que estes resíduos tenham causado malefícios aos consumidores. Muito do que se lê é histeria, sem comprovação prática.Pergunta-se: quantos casos existem esscritos na literatura especializada relatando que pessoas consumiram pescado cultivado e se intoxicaram com resíduos de verde malaquita, cloranfenicol ou nitrofuranos?
O controle destes problemas devem ser realizados através da aplicação do Sistema HACCP pelos produtores e seu controle restrito por parte dos Serviços de Inspeção de Pescado e Derivados. Mais especificamente, os medicamentos devem ter sido receitados por um veterinário, seu uso aprovado, doses e períodos de quarentena especificadas. Na prática, principalmente nos países em desenvolvimento (mas também naqueles industrializados) poucos medicamentos tem seu uso oficialmente aprovado. Isto leva ao seu emprego indiscriminado. Muito resta a fazer para alcançarmos estas metas.
3 - Pescado Seguro: mito ou realidade?
O pescado e seus derivados estão entre os alimentos mais sadios. A possibilidade de ter um pescado inócuo é uma realidade.
Entretanto, existem situações específicas nas quais o pescado pode apresentar um perigo real para o consumidor com risco para sua saúde. A maior preocupação prende-se ao consumo dos moluscos bivalves (mariscos, mexilhões, ostras) que por suas características fisiológicas concentram o alimento que filtram do meio ambiente em que vivem. Caso este ambiente esteja contaminado por germens patógenos (bactérias, vírus) ou biotoxinas (PSP, DSP, ASP) os bivalves têm a possibilidade de concentra-los, podendo oferecer grave risco ao consumidor. Outro problema grave se relaciona ao consumo de algumas poucas espécies de peixes altamente venenosos, por exemplo, certas espécies de baiacús. O pescado cultivado apesar de receber um maior controle sobre a matéria prima e as condições de produção, transporte, manipulação, processamento e distribuição, pode apresentar perigos e riscos específicos relacionados à presença de resíduos de medicamentos veterinários e agrotóxicos.
4 - Existe algum relato de surto de Legionella sp na cadeia produtiva de pescado?
Como você está ciente a Legionella é uma bactéria que vive naturalmente no meio ambiente (água e solo). É responsável por uma grave doença respiratória chamada “Doença dos Legionários”, responsável anualmente por numerosas fatalidades em vários lugares do mundo . O termo legionelosis inclui várias doenças causadas pela bactéria Legionella pneumophila incluindo a chamada “Pontiac fever”.
A Legionella é capaz de invadir sistemas de abastecimento de água públicos e domésticos e neles proliferar. As pessoas têm contato diário.com estes sistemas. Dependendo da susceptibilidade individual de cada um existe a possibilidade de que possam inalar um aerosol (gotas de água em aspersão) contaminado pela Legionella e venham a se infectar. A susceptibilidade depende de vários fatores inclusive a idade, o sexo, estado de saúde (ex: TB, Câncer, HIV, etc), duração da exposição, etc.
A Legionella multiplica-se na água entre 20 e 45˚C sendo a faixa ótima considerada entre 32 e 37˚C. Além do fator temperatura a Legionella requer uma fonte de alimento (qualquer matéria orgânica ou corrosão dentro do sistema de abastecimento de água), bem como um micro-habitat - um biofilme.
Ao invés de crescer ao aberto ou na água como um todo, a Legionella busca um nicho e prolifera em biofilmes e protozoários. Estes biofilmes consistem num filme fino de bactérias (sente-se gosmento se passarmos o dedo na superfície interna de um tanque, piscina, etc), e são naturalmente encontrados no interior dos sistemas de água de abastecimento, particularmente se existem condições permanentes de estagnação que só podem ser removidas mediante procedimentos de limpeza e desinfecção.
Surtos da Doença dos Legionários foram associados a diferentes sistemas de água de abastecimento inclusive os seguintes:
Torres de resfriamento e condensadores de evaporação
Sistemas de água quente e fria, especialmente chuveiros
Banhos de spa
Bebedouros
Fontes decorativas
Sistemas de aspersão para agricultura
Sistemas de ar acondicionado
Chuveiros de emergência e mangueiras de incêndio
Sistemas de irrigação e canos de mangueiras
Lavagem de veículos, carros e trens
Existem CÓDIGOS DE PRÁTICA que incluem o controle da Legionella na Indústria de Alimentos. Este é o caso da Inglaterra onde temos o documento “The prevention and control of Legionella spp. (including Legionnaires Disease) in food factories” e inclusive firmas especializadas em Auditorias de Riscos de Legionella, por exemplo, em hotéis.
Não há qualquer referência associando diretamente o consumo do pescado à doença. A doença é causada pela inalação de aerossóis contaminando com a bactéria. Logicamente, existe um risco potencial para os operários que operam em estabelecimentos de pescado e derivados, como existe para quase todas as pessoas que têm contacto diário com um ambiente propício à contaminação pela Legionella.
5 - Quais são as implicações da utilização de produtos não comestíveis provenientes de pescado parasitado com larvas com aspecto zoonótico?
Esta situação pode provocar a transferência da parasitose ao pescado cultivado que está sendo alimentado com uma ração contaminada com parasitos. Por exemplo, isto é descrito para o pescado cultivado em gaiolas flutuantes quando alimentado com rações húmidas contendo restos de pescado cru. Daí a importância do controle de qualidade (incluindo o controle da inocuidade) da alimentação destinada ao pescado cultivado. Mais uma vez os princípios do HACCP devem ser aplicados, neste caso, com um enfoque zoosanitário específico. Entre as medidas de controle podem figurar o tratamento térmico da ração de modo a eliminar a possível contaminação parasitária.
Segundo a FAO a humanidade enfrenta um desafio: como assegurar sustentabilidade dos recursos pesqueiros quando o nível da demanda aumenta além do que nosso ambiente aquático é capaz de suprir? Some-se a isto o fato de que esta pressão parece aumentar continuamente como resultado do crescimento populacional e a expansão constante do comércio.
Para alcançar um uso sustentável dos recursos pesqueiros a FAO julga ser necessário estabelecer sistemas de gestão que limitem as capturas de modo que possam se enquadrar à capacidade ótima da natureza de recriar /reproduzir os recursos. Isto leva ao reconhecimento da importância chave da aplicação e garantia de direitos de pesca (ou reconhecer direitos informalmente já existentes). Isto significa que estes direitos têm de ser claramente definidos o que por sua vez implica que faz-se mister saber QUEM tem estes direitos (a quem pertence um direito de pesca), quais os limites precisos de cada direito, e de como estes direitos são protegidos e garantidos. Os sistemas de gestão devem criar incentivos que eliminem as pescarias que superem a capacidade dos recursos, limitem a inversão na captura e aproveitamento não proporcional aos volumes ótimos dos estoques pesqueiros dentro de um período longo de tempo, e encoragem o interesse dos pescadores na reconstrução e manutenção dos estoques pesqueiros.
O setor pesqueiro é particularmente susceptível ao impacto de outras atividades terrestres ou aquáticas sobre o ambiente marinho, sua qualidade e produtividade. Diante da certeza de que a pesca deve fazer uma contribuição ótima ao bem estar econômico e social, estas interações devem ser levadas em conta, através da integração em estruturas maiores de gestão das áreas costeiras.
No caso particular do Brasil tem importância prioritária a pesca artesanal que contribui de modo fundamental para a nutrição, segurança alimentar, sustentabilidade da subsistência e diminuição da pobreza. Mais uma vez segundo a FAO, esta contribuição da pesca artesanal à sustentação do desenvolvimento do país deve ser plenamente compreendida. A pesca artesanal e os pescadores artesanais não podem sejam marginalizados: sua importância para a economia nacional e segurança alimentar deve ser reconhecida, valorizada e amparada. Ao setor deve ser dado o poder de participação no processo decisório com dignidade e respeito através da gestão integrada dos sistemas sociais, econômicos e ecológicos que o alicerçam.
2 - Aspectos atuais sobre a utilização de medicamentos veterinários em aquicultura e sua repercussão atual na saúde humana
Com o desenvolvimento da aqüicultura e o conhecimento da existência de uma série de doenças que afetam os animais aquáticos houve um aumento no uso de medicamentos veterinários nos sistemas intensivo de cultivos. Os antibióticos passaram a ser comumente usados na aqüicultura de vários países para tratar infecções causadas por vários agentes patógenos tais como Aeromonas, Edwarsiella, Pasteurella, Vibrio e Yersinia. Os medicamentos são comumente usados como ingredientes de rações ou como revestimento de rações peletizadas e assim dispersos na água de cultivo. O uso destes medicamentos está associado a novos perigos e riscos para a Saúde Pública com referência ao consumo de pescado cultivado. Entre estes problemas e riscos estão os causados pelos resíduos de antibióticos e o desenvolvimento de resistência anti-microbiana nas bactérias que podem ser transferidas ao homem através do consumo do pescado cultivado. Os problemas incluem também alergias e efeitos tóxicos.
Um fator importante a considerar é a ausência de evidências científicas relacionadas à comprovação de que estes resíduos tenham causado malefícios aos consumidores. Muito do que se lê é histeria, sem comprovação prática.Pergunta-se: quantos casos existem esscritos na literatura especializada relatando que pessoas consumiram pescado cultivado e se intoxicaram com resíduos de verde malaquita, cloranfenicol ou nitrofuranos?
O controle destes problemas devem ser realizados através da aplicação do Sistema HACCP pelos produtores e seu controle restrito por parte dos Serviços de Inspeção de Pescado e Derivados. Mais especificamente, os medicamentos devem ter sido receitados por um veterinário, seu uso aprovado, doses e períodos de quarentena especificadas. Na prática, principalmente nos países em desenvolvimento (mas também naqueles industrializados) poucos medicamentos tem seu uso oficialmente aprovado. Isto leva ao seu emprego indiscriminado. Muito resta a fazer para alcançarmos estas metas.
3 - Pescado Seguro: mito ou realidade?
O pescado e seus derivados estão entre os alimentos mais sadios. A possibilidade de ter um pescado inócuo é uma realidade.
Entretanto, existem situações específicas nas quais o pescado pode apresentar um perigo real para o consumidor com risco para sua saúde. A maior preocupação prende-se ao consumo dos moluscos bivalves (mariscos, mexilhões, ostras) que por suas características fisiológicas concentram o alimento que filtram do meio ambiente em que vivem. Caso este ambiente esteja contaminado por germens patógenos (bactérias, vírus) ou biotoxinas (PSP, DSP, ASP) os bivalves têm a possibilidade de concentra-los, podendo oferecer grave risco ao consumidor. Outro problema grave se relaciona ao consumo de algumas poucas espécies de peixes altamente venenosos, por exemplo, certas espécies de baiacús. O pescado cultivado apesar de receber um maior controle sobre a matéria prima e as condições de produção, transporte, manipulação, processamento e distribuição, pode apresentar perigos e riscos específicos relacionados à presença de resíduos de medicamentos veterinários e agrotóxicos.
4 - Existe algum relato de surto de Legionella sp na cadeia produtiva de pescado?
Como você está ciente a Legionella é uma bactéria que vive naturalmente no meio ambiente (água e solo). É responsável por uma grave doença respiratória chamada “Doença dos Legionários”, responsável anualmente por numerosas fatalidades em vários lugares do mundo . O termo legionelosis inclui várias doenças causadas pela bactéria Legionella pneumophila incluindo a chamada “Pontiac fever”.
A Legionella é capaz de invadir sistemas de abastecimento de água públicos e domésticos e neles proliferar. As pessoas têm contato diário.com estes sistemas. Dependendo da susceptibilidade individual de cada um existe a possibilidade de que possam inalar um aerosol (gotas de água em aspersão) contaminado pela Legionella e venham a se infectar. A susceptibilidade depende de vários fatores inclusive a idade, o sexo, estado de saúde (ex: TB, Câncer, HIV, etc), duração da exposição, etc.
A Legionella multiplica-se na água entre 20 e 45˚C sendo a faixa ótima considerada entre 32 e 37˚C. Além do fator temperatura a Legionella requer uma fonte de alimento (qualquer matéria orgânica ou corrosão dentro do sistema de abastecimento de água), bem como um micro-habitat - um biofilme.
Ao invés de crescer ao aberto ou na água como um todo, a Legionella busca um nicho e prolifera em biofilmes e protozoários. Estes biofilmes consistem num filme fino de bactérias (sente-se gosmento se passarmos o dedo na superfície interna de um tanque, piscina, etc), e são naturalmente encontrados no interior dos sistemas de água de abastecimento, particularmente se existem condições permanentes de estagnação que só podem ser removidas mediante procedimentos de limpeza e desinfecção.
Surtos da Doença dos Legionários foram associados a diferentes sistemas de água de abastecimento inclusive os seguintes:
Torres de resfriamento e condensadores de evaporação
Sistemas de água quente e fria, especialmente chuveiros
Banhos de spa
Bebedouros
Fontes decorativas
Sistemas de aspersão para agricultura
Sistemas de ar acondicionado
Chuveiros de emergência e mangueiras de incêndio
Sistemas de irrigação e canos de mangueiras
Lavagem de veículos, carros e trens
Existem CÓDIGOS DE PRÁTICA que incluem o controle da Legionella na Indústria de Alimentos. Este é o caso da Inglaterra onde temos o documento “The prevention and control of Legionella spp. (including Legionnaires Disease) in food factories” e inclusive firmas especializadas em Auditorias de Riscos de Legionella, por exemplo, em hotéis.
Não há qualquer referência associando diretamente o consumo do pescado à doença. A doença é causada pela inalação de aerossóis contaminando com a bactéria. Logicamente, existe um risco potencial para os operários que operam em estabelecimentos de pescado e derivados, como existe para quase todas as pessoas que têm contacto diário com um ambiente propício à contaminação pela Legionella.
5 - Quais são as implicações da utilização de produtos não comestíveis provenientes de pescado parasitado com larvas com aspecto zoonótico?
Esta situação pode provocar a transferência da parasitose ao pescado cultivado que está sendo alimentado com uma ração contaminada com parasitos. Por exemplo, isto é descrito para o pescado cultivado em gaiolas flutuantes quando alimentado com rações húmidas contendo restos de pescado cru. Daí a importância do controle de qualidade (incluindo o controle da inocuidade) da alimentação destinada ao pescado cultivado. Mais uma vez os princípios do HACCP devem ser aplicados, neste caso, com um enfoque zoosanitário específico. Entre as medidas de controle podem figurar o tratamento térmico da ração de modo a eliminar a possível contaminação parasitária.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Entrevista com Dr. Alex Augusto Gonçalves

1 - O que é GI-Pescado?
O Grupo de Interesse em Pescado é uma rede brasileira de profissionais que atuam na área de ciência e tecnologia do pescado, dentre eles estão pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa, profissionais que atuam no setor de controle de qualidade e pesquisa e desenvolvimento de empresas de pescado, fiscais federais do Ministério da Agricultura, técnicos da SEAP/PR, alunos de graduação e pós-graduação, além de empresários do setor.
2 - Quando teve início o GI-Pescado?
O Grupo de Interesse em Pescado – GI-Pescado, teve sua origem no Grupo de Pesquisa em Tecnologia do Pescado da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA) criado a mais de dez anos com o objetivo de reunir os diversos profissionais que atuam dentro da área de Ciência e Tecnologia do Pescado para troca de idéias, informações, discutir suas pesquisas, promover eventos dentro da área, etc.
Os coordenadores do GT-Pescado e depois GI-Pescado foram:
Biênio (GI-Pescado): 2009/2010: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GI-Pescado): 2007/2008: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GI-Pescado): 2005/2006: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GI-Pescado): 2003/2004: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GT-Pescado): 2001/2002: Alex Augusto Gonçalves (extra-oficial)
Biênio (GT-Pescado): 1999/2000: Walter Maia
Biênio (GT-Pescado): 1997/1998: Walter Maia
Biênio (GT-Pescado): 1995/1996: Marília Oetterer
Biênio (GT-Pescado): 1993/1994: Marília Oetterer
Biênio (GT-Pescado): 1991/1992: Marília Oetterer
Em virtude do distanciamento entre os profissionais, as reuniões eram feitas apenas a cada dois anos durante o Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos (CBCTA). No ano de 2000, quando teríamos a tradicional reunião do GT-Pescado durante o CBCTA em Fortaleza (CE), por algum motivo a mesma não ocorreu. Assim, após algumas conversas com ex-coordenadores do GT-Pescado, eu decidi fazer uma reformulação na maneira de aproximar os profissionais da área e manter uma comunicação constante com os mesmos. Primeiramente optou-se por efetuar todos os contatos via internet e iniciar o cadastramento dos profissionais que tinham interesse em participar, que felizmente isso vem acontecendo até hoje.
Para iniciarmos uma nova etapa de trabalho, decidi mudar o nome do GT-Pescado para “Grupo de Interesse – Pescado”, o qual foi aprovado por unanimidade durante do CBCTA em 2002 (Porto Alegre, RS). Nesse novo grupo, não só apenas os que trabalham na área de Ciência e Tecnologia do Pescado se cadastrariam, e sim, todos àqueles que tenham algum interesse específico dentro da área de pescado.
Depois construi a homepage do GI-Pescado, mesmo que provisório e com constantes atualizações, e lá encontram-se uma listagem dos profissionais cadastrados, relação dos grupos de pesquisa, eventos dentro da área, links, Boletim – O Inspetor de Pescado (INFOPESCA), etc..
3 - Qual é o objetivo desse Grupo?
O Grupo de Interesse em Pescado é uma rede brasileira de profissionais que atuam na área de ciência e tecnologia do pescado, dentre eles estão pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa, profissionais que atuam no setor de controle de qualidade e pesquisa e desenvolvimento de empresas de pescado, fiscais federais do Ministério da Agricultura, técnicos da SEAP/PR, alunos de graduação e pós-graduação, além de empresários do setor.
2 - Quando teve início o GI-Pescado?
O Grupo de Interesse em Pescado – GI-Pescado, teve sua origem no Grupo de Pesquisa em Tecnologia do Pescado da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA) criado a mais de dez anos com o objetivo de reunir os diversos profissionais que atuam dentro da área de Ciência e Tecnologia do Pescado para troca de idéias, informações, discutir suas pesquisas, promover eventos dentro da área, etc.
Os coordenadores do GT-Pescado e depois GI-Pescado foram:
Biênio (GI-Pescado): 2009/2010: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GI-Pescado): 2007/2008: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GI-Pescado): 2005/2006: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GI-Pescado): 2003/2004: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GT-Pescado): 2001/2002: Alex Augusto Gonçalves (extra-oficial)
Biênio (GT-Pescado): 1999/2000: Walter Maia
Biênio (GT-Pescado): 1997/1998: Walter Maia
Biênio (GT-Pescado): 1995/1996: Marília Oetterer
Biênio (GT-Pescado): 1993/1994: Marília Oetterer
Biênio (GT-Pescado): 1991/1992: Marília Oetterer
Em virtude do distanciamento entre os profissionais, as reuniões eram feitas apenas a cada dois anos durante o Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos (CBCTA). No ano de 2000, quando teríamos a tradicional reunião do GT-Pescado durante o CBCTA em Fortaleza (CE), por algum motivo a mesma não ocorreu. Assim, após algumas conversas com ex-coordenadores do GT-Pescado, eu decidi fazer uma reformulação na maneira de aproximar os profissionais da área e manter uma comunicação constante com os mesmos. Primeiramente optou-se por efetuar todos os contatos via internet e iniciar o cadastramento dos profissionais que tinham interesse em participar, que felizmente isso vem acontecendo até hoje.
Para iniciarmos uma nova etapa de trabalho, decidi mudar o nome do GT-Pescado para “Grupo de Interesse – Pescado”, o qual foi aprovado por unanimidade durante do CBCTA em 2002 (Porto Alegre, RS). Nesse novo grupo, não só apenas os que trabalham na área de Ciência e Tecnologia do Pescado se cadastrariam, e sim, todos àqueles que tenham algum interesse específico dentro da área de pescado.
Depois construi a homepage do GI-Pescado, mesmo que provisório e com constantes atualizações, e lá encontram-se uma listagem dos profissionais cadastrados, relação dos grupos de pesquisa, eventos dentro da área, links, Boletim – O Inspetor de Pescado (INFOPESCA), etc..
3 - Qual é o objetivo desse Grupo?
Divulgar os conhecimentos de ciência e tecnologia do pescado entre os colegas cadastrados no grupo.
4 - Qual é a importância do fórum para o GI-Pescado?
O fórum foi criado para facilitar a troca de informações entre os colegas cadastrados no grupo. Todos os profissionais que encaminharam sua ficha cadastral ao coordenador teve seu e-mail cadastrado automaticamente no fórum. Todos aqueles que desejam encaminhar uma sugestão ou dúvida, envia diretamente uma mensagem para gipescado@grupos.com.br.
5 - Quais são as metas do Grupo para o próximo o ano de 2009?
Continuar o trabalho que vem sendo feito e tentar buscar uma maior divulgação do grupo entre as entidades de pesquisa que atuam na área de ciência e tecnologia do pescado. O GI-Pescado é o “braço direito” da “Red Panamericana de Inspección, Control de Calidad y Tecnología de Productos Pesqueiros (RED-PAN)” aqui no Brasil, e como Diretor da área de Tecnologia da RED-PAN, tenho como meta fortalecer os dois grupos e tentar de alguma forma uma integração entre os três setores: universidade, empresas, instituições governamentais. Muita coisa ainda deve ser feita, como melhoria no website (ter um domínio próprio e mais espaço para disponibilizar imagens, vídeos, etc.), busca de mecanismos que permitam uma maior sintonia entre os pares no sentido de não dispersar pesquisas nas diferentes entidades, partindo para a elaboração conjunta e multi-institucional de projetos temáticos. Aproveitar os eventos científicos para promover reuniões do GI-Pescado e a sua divulgação.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Áreas de ponta sofrem falta de pesquisadores

Fonte:
Áreas de ponta sofrem falta de pesquisadores. Jornal da Ciência. Acesso em: 03 nov 2008. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=59671
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Cadeias produtivas de uva e pêssego querem padronizar orientações técnicas

Lançamento - Na abertura do encontro, a Embrapa Uva e Vinho lançará o Manual de Identificação e Controle de Doenças, Pragas e Deficiências Nutricionais da Videira. A publicação, elaborada pelos pesquisadores da empresa, estará à venda por R$ 10.
As inscrições para o Frutitec são gratuitas. Mais informações pelo telefone (54) 3468-0210. (Lis Weingärtner, com informações da Embrapa Uva e Vinho).
Fonte:
Cadeias produtivas de uva e pêssego querem padronizar orientações técnicas. 21/10/2008 Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/ Acesso em: 21 out 2008.
Ômega 6 é ligado ao mal de Alzheimer

Esse tipo de ácido graxo pode ser encontrado em vegetais e nozes Ian Sample escreve para “The Guardian“: um ácido graxo, encontrado em alimentos considerados saudáveis, pode danificar as células do cérebro e aumentar o risco de Alzheimer, afirmam pesquisadores. Esse ácido graxo, que é parte essencial do ômega 6, em geral é encontrado em vegetais, frutas e nozes, considerados elementos vitais de uma dieta saudável. Contudo, testes realizados por cientistas nos Estados Unidos mostraram que o ácido araquidônico em grande quantidade está ligado a mudanças no cérebro observadas comumente em doentes de Alzheimer. Os pesquisadores mediram o nível desse elemento químico no cérebro de ratos saudáveis e também no de um grupo de cobaias criadas para desenvolver o Alzheimer. “A mudança que mais chamou a nossa atenção no rato com Alzheimer foi o aumento dos níveis de ácido araquidônico e metabólitos no hipocampo, centro da memória que é afetado logo no início e severamente pela doença”, disse Rene Sanches-Mejia, que conduziu o estudo no Instituto Gladstone de Doenças Neurológicas, em São Francisco, EUA. O ácido araquidônico forma uma barreira hematoencefálica, membrana que atua como um filtro e protege os neurônios contra a entrada de contaminantes perigosos na circulação sanguínea. O estudo, publicado na revista Neuroscience, sugere que o excesso de ácido araquidônico pode ser prejudicial. Bloqueio de enzimaEscaneamentos do cérebro mostraram que a doença de Alzheimer está ligada a um aumento de “placas” de proteínas em áreas-chave do cérebro. Essas placas atacam uma enzima que decompõe o ácido araquidônico numa variedade de elementos químicos. Os cientistas concluíram que, se bloqueassem a enzima, os níveis desses elementos químicos derivados do ácido araquidônico no cérebro dos ratos diminuiriam e eles não desenvolveriam problemas de memória e comportamento.
A doença pode ser caracterizada com os seguintes sintomas na fase inicial: dificuldade na fala e desorientação de tempo e espaço, dificuldade para tomar decisões e lembrar fatos recentes, perda de iniciativa. Fase intermediária: Dificuldade para realizar atividades cotidianas e para lembrar nomes de pessoas, necessidade de assistência na higiene pessoal, alterações de humor e de comportamento, como agitação, agressividade, delírios e apatia. Fase avançada: Os distúrbios de memória são mais acentuados e o aspecto físico da doença torna-se mais aparente. O portador tem dificuldade para alimentar-se sozinho, não reconhece familiares e amigos e tem dificuldade de locomoção. Causa: Ainda é desconhecida. Somente 5% dos casos têm explicação genética. Diagnóstico: Não existe um teste único. É feito com base em histórico familiar, análise dos sintomas e exames clínicos. De 5% a 8% são as probabilidades de uma pessoa de 60 a 70 anos desenvolver a doença. O risco sobe para 40% após os 85 anos de idade. (O Estado de SP, 21/10)
Fonte: Jornal da Ciência. e-mail 3624, de 21 de Outubro de 2008. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=59423 Acesso em: 21 out 2008.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Gado orienta seu corpo de acordo com o campo magnético da Terra, diz estudo europeu

Fonte:
Jornal da Ciência. Gado orienta seu corpo de acordo com o campo magnético da Terra. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/126775 Acesso em: 26 ago 2008.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Bactéria se mata em prol das mais fortes

Fonte:
Jornal da Ciência. Bactéria se mata em prol das mais fortes. 21 agosto 2008. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=58129 Acesso em: 21 ago 2008.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Bactéria da úlcera “chegou à América antes de Colombo”

O estudo foi publicado na publicação científica BMC Microbiology. (BBC Brasil).
Fonte:
Jornal da Ciência. E-mail 3555, de 16 de Julho de 2008. Disponível em:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=57369 Acesso em: 17 jul 2008.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Brasil ocupa a 15ª posição no ranking de produção científica

Mais informações: http://www.capes.gov.br/ Acesso em: 11 jul 2008.
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