Convido a todos para o lançamento de três vídeos e um sítio virtual, http://www.cuidardosalimentos.fiocruz.br/ , a ser realizado conforme informações no convite acima.
quarta-feira, 11 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
Lançamento do Projeto
Convido a todos para o lançamento de três vídeos e um sítio virtual, www.cuidardosalimentos.fiocruz.br , a ser realizado conforme informações no convite acima.
terça-feira, 3 de março de 2009
Brasil adere a acordo de pesca em alto-mar
O Brasil tornou-se o 38º Estado Parte do acordo da FAO para promover o cumprimento das medidas internacionais de conservação e gestão dos recursos pesqueiros em alto mar pelos navios de pesca.
Em cerimônia realizada na sede da FAO, em Roma, Itália, o ministro da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca do Brasil, Altemir Gregolin, depositou formalmente o instrumento de aceitação brasileiro.
Este acordo é um dos poucos instrumentos internacionais legalmente vinculadores que tratam das atividades de pesca em alto mar - fora das zonas econômicas exclusivas dos países. Os Estados Parte do Acordo devem tomar medidas ativas para assegurar que os navios de pesca com sua bandeira sigam práticas responsáveis de pesca em alto mar.
Em discurso, Gregolin disse que o Brasil se orgulha de ter participado ativamente de todos os processos de negociação dos instrumentos jurídicos internacionais em vigor com respeito às atividades de pesca e aquicultura e afirmou que o presente instrumento de aceitação representa a reafirmação do compromisso do governo brasileiro com a sustentabilidade da pesca em alto mar por meio do pleno exercício das responsabilidades, jurisdição e controle sobre os navios pesqueiros que levam a bandeira do país.
“Com a adesão de cada novo país ao acordo nos aproximamos da meta de garantir que cada barco que pesque em alto mar realize a atividade de forma responsável, assegurando uso sustentável dos recursos pesqueiros marinhos”, acrescentou o diretor-geral adjunto de Pesca da FAO, Ishiro Nomura. “Felicitamos a participação brasileira e esperamos que outros países sigam esse exemplo”.
A adesão brasileira aconteceu no marco da 28ª Sessão do Comitê de Pesca da FAO, que acontece em Roma. O encontro tem a participação de representantes de mais de 80 países que debaterão, entre outros temas, o relatório O Estado Mundial da Pesca e Aquicultura (SOFIA) de 2008, divulgado hoje na sede da FAO.
Segundo o documento, as práticas de pesca responsável precisam ser mais utilizadas e os planos de gestão devem ser expandidos para incluir estratégias relacionadas à mudança climática.
“Ainda que nem sempre sejam aplicadas, as melhores práticas já colocadas no papel oferecem ferramentas claras e provadas para aumentar a resistência da pesca ao cambio climático”, afirmou Kevern Cochrane, um dos autores do estudo. “Portanto, a mensagem aos pescadores e às autoridades pesqueiras é clara: alinhem-se às boas práticas existentes, como aquelas incluídas no Código de Conduta para Pesca Responsável da FAO, e terão dado um passo importante para mitigar os efeitos da mudança climática”.
Situação na América Latina e Caribe
América Latina e Caribe é a região que apresenta a maior taxa de crescimento de produção da aquicultura no mundo. O crescimento médio anual da aquicultura na região foi de 22% entre 1970 e 2006, enquanto a média mundial foi de 8,8%. Segundo o SOFIA, isso é relevante porque é possível que já se tenha alcançado o máximo potencial produtivo dos recursos marinhos naturais e o futuro da produção deverá basear-se na aquicultura.
“A aquicultura é o setor da produção de alimentos de origem animal que cresce mais rápido e, pela primeira vez, pode abastecer a metade do total de pescado consumido no mundo”, acrescentou Jorge González, Oficial Principal de Pesca do Escritório Regional da FAO.
O SOFIA informa que o Chile é o segundo maior produtor de salmão do mundo, com 31% do total, e o sétimo maior produtor de pescados para consumo humano. Na última década, a produção total de salmão na América Latina e Caribe superou a de camarão, graças ao crescimento da produção chilena.
Em relação à Amazônia, o SOFIA observa que 60% das populações de peixes estão subexploradas e 30% estão sobre-exploradas ou em recuperação. “América Latina e Caribe têm um excedente de pescado, mas em geral sua população prefere comer carne vermelha. No entanto, parece provável que esse padrão de consumo se modifique lentamente, aumentando o consumo de pescado graças ao aumento dos canais de distribuição e a preferência crescente por alimentos saudáveis”, disse González.
De acordo ao SOFIA, em 2015, a população da América Latina poderá consumir 20% mais pescado que atualmente.
No Brasil, a pedido da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP), a FAO está dando apoio metodológico ao governo brasileiro para adequar as atividades de pesca às normas internacionais de pesca responsável.
Documento “ O Estado Mundial da Pesca e Aquicultura (SOFIA) de 2008”: http://www.fao.org/docrep/011/i0250s/i0250s00.htm
Pesca – Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe: http://www.rlc.fao.org/es/pesca/
Em cerimônia realizada na sede da FAO, em Roma, Itália, o ministro da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca do Brasil, Altemir Gregolin, depositou formalmente o instrumento de aceitação brasileiro.
Este acordo é um dos poucos instrumentos internacionais legalmente vinculadores que tratam das atividades de pesca em alto mar - fora das zonas econômicas exclusivas dos países. Os Estados Parte do Acordo devem tomar medidas ativas para assegurar que os navios de pesca com sua bandeira sigam práticas responsáveis de pesca em alto mar.
Em discurso, Gregolin disse que o Brasil se orgulha de ter participado ativamente de todos os processos de negociação dos instrumentos jurídicos internacionais em vigor com respeito às atividades de pesca e aquicultura e afirmou que o presente instrumento de aceitação representa a reafirmação do compromisso do governo brasileiro com a sustentabilidade da pesca em alto mar por meio do pleno exercício das responsabilidades, jurisdição e controle sobre os navios pesqueiros que levam a bandeira do país.
“Com a adesão de cada novo país ao acordo nos aproximamos da meta de garantir que cada barco que pesque em alto mar realize a atividade de forma responsável, assegurando uso sustentável dos recursos pesqueiros marinhos”, acrescentou o diretor-geral adjunto de Pesca da FAO, Ishiro Nomura. “Felicitamos a participação brasileira e esperamos que outros países sigam esse exemplo”.
A adesão brasileira aconteceu no marco da 28ª Sessão do Comitê de Pesca da FAO, que acontece em Roma. O encontro tem a participação de representantes de mais de 80 países que debaterão, entre outros temas, o relatório O Estado Mundial da Pesca e Aquicultura (SOFIA) de 2008, divulgado hoje na sede da FAO.
Segundo o documento, as práticas de pesca responsável precisam ser mais utilizadas e os planos de gestão devem ser expandidos para incluir estratégias relacionadas à mudança climática.
“Ainda que nem sempre sejam aplicadas, as melhores práticas já colocadas no papel oferecem ferramentas claras e provadas para aumentar a resistência da pesca ao cambio climático”, afirmou Kevern Cochrane, um dos autores do estudo. “Portanto, a mensagem aos pescadores e às autoridades pesqueiras é clara: alinhem-se às boas práticas existentes, como aquelas incluídas no Código de Conduta para Pesca Responsável da FAO, e terão dado um passo importante para mitigar os efeitos da mudança climática”.
Situação na América Latina e Caribe
América Latina e Caribe é a região que apresenta a maior taxa de crescimento de produção da aquicultura no mundo. O crescimento médio anual da aquicultura na região foi de 22% entre 1970 e 2006, enquanto a média mundial foi de 8,8%. Segundo o SOFIA, isso é relevante porque é possível que já se tenha alcançado o máximo potencial produtivo dos recursos marinhos naturais e o futuro da produção deverá basear-se na aquicultura.
“A aquicultura é o setor da produção de alimentos de origem animal que cresce mais rápido e, pela primeira vez, pode abastecer a metade do total de pescado consumido no mundo”, acrescentou Jorge González, Oficial Principal de Pesca do Escritório Regional da FAO.
O SOFIA informa que o Chile é o segundo maior produtor de salmão do mundo, com 31% do total, e o sétimo maior produtor de pescados para consumo humano. Na última década, a produção total de salmão na América Latina e Caribe superou a de camarão, graças ao crescimento da produção chilena.
Em relação à Amazônia, o SOFIA observa que 60% das populações de peixes estão subexploradas e 30% estão sobre-exploradas ou em recuperação. “América Latina e Caribe têm um excedente de pescado, mas em geral sua população prefere comer carne vermelha. No entanto, parece provável que esse padrão de consumo se modifique lentamente, aumentando o consumo de pescado graças ao aumento dos canais de distribuição e a preferência crescente por alimentos saudáveis”, disse González.
De acordo ao SOFIA, em 2015, a população da América Latina poderá consumir 20% mais pescado que atualmente.
No Brasil, a pedido da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP), a FAO está dando apoio metodológico ao governo brasileiro para adequar as atividades de pesca às normas internacionais de pesca responsável.
Mais informação (disponível em espanhol e em inglês)
Nota à imprensa da Sede “La pesca mundial necesita prepararse para el cambio climático”: http://www.fao.org/news/story/es/item/10343/icode/
Nota à imprensa da Sede “La pesca mundial necesita prepararse para el cambio climático”: http://www.fao.org/news/story/es/item/10343/icode/
Documento “ O Estado Mundial da Pesca e Aquicultura (SOFIA) de 2008”: http://www.fao.org/docrep/011/i0250s/i0250s00.htm
Pesca – Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe: http://www.rlc.fao.org/es/pesca/
Subcomitê sobre Aquicultura de la FAO: http://www.rlc.fao.org/es/pesca/subco.htm
Fonte:
FAO. Notícias. Brasil adere a acordo de pesca em alto-mar. Disponível em: http://www.onu-brasil.org.br/view_news.php?id=7457 Acesso: 03 mar 2009.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Culturas em risco
Das 6.700 línguas faladas no mundo, 2.500 estão ameaçadas, 190 no Brasil. O aquecimento do planeta não é a única ameaça global a pairar sobre a Humanidade neste início de século XXI. Estudo publicado pela Unesco (a organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura) comprovou o que ativistas sociais já alertavam: as culturas locais perdem cada vez mais espaço e podem mesmo desaparecer em pouco tempo.
O documento revelou que das 6.700 mil línguas existentes no mundo, cerca de 2.500 estão ameaçadas de extinção — 190 delas no Brasil. Os números fazem parte da terceira versão do “Atlas das Línguas em Perigo no Mundo”, o primeiro lançado desde 2001. O documento destaca o Brasil como país de grande diversidade linguística e frisa que há políticas sendo desenvolvidas com o intuito de recuperar muitas das línguas ameaçadas.Ainda assim, o país aparece entre que mais apresentam línguas em risco — todas elas indígenas. A nova versão do atlas, apresenta mudanças nos critérios de classificação das línguas em relação às anteriores. Agora, uma língua é considerada “em perigo” quando as crianças já não a aprendem com suas famílias, como língua materna, e se tornam bilíngues passivos, ou seja, entendem, mas não falam. Uma única pessoa fala livoniano. O documento estabelece quatro níveis de vitalidade para as línguas: “vulneráveis” (as crianças falam, mas é usada somente no âmbito familiar); “ameaçadas” e “seriamente ameaçadas” (quando apenas as pessoas mais idosas e em número cada vez menor a utilizam); e “em situação crítica” (só utilizada pelos idosos e, ainda assim, muito raramente).
A situação é dramática em muitos casos. Para se ter uma ideia, só existe um falante nativo de livoniano em todo o planeta, na Letônia. A língua Eyak, do Alasca, foi declarada oficialmente extinta no ano passado, quando a última pessoa capaz de falá-la morreu. Esses são apenas dois exemplos em 2.500, frisam os autores do documento. De acordo com o documento, somente ao longo das três últimas gerações nada menos que 200 línguas se tornaram extintas e outras 199 são faladas por menos de dez pessoas. Mais de um quarto das 192 línguas que já foram usadas nas Nações Unidas desapareceram. Outras 71 são consideradas “seriamente ameaçadas”. Na apresentação do novo atlas ontem, os linguistas responsáveis pelo trabalho frisaram que as línguas em perigo não estão restritas a países pequenos ou áreas remotas do globo. O Brasil é um bom exemplo disso. Além disso, os especialistas querem encorajar os imigrantes a preservarem suas línguas nativas.— Línguas em risco são um fenômeno universal — afirmou o linguista australiano Christopher Moseley, um dos responsáveis pela edição do atlas.
Nos Estados Unidos foram registradas 192 línguas ameaçadas — a grande maioria também indígena. É o caso de Gros Ventre, falada por menos de dez pessoas, em uma reserva no centro de Montana. Todas são bem idosas e nenhuma delas é fluente na língua. A última pessoa que a falava de forma fluente morreu em 1981. No norte do estado de Wisconsin há um caso semelhante.Trata-se da língua menomonee, com apenas 35 falantes. Idiomas indígenas nas escolas. A Rússia também apresenta um número elevado de línguas ameaçadas, 136. Há línguas criticamente ameaçadas, como a tundra enets, falada somente em algumas poucas ilhas da região do Ártico, e aquela falada por apenas uma pessoa. Mas nem tudo está perdido, dizem os especialistas. No caso do livoniano, por exemplo, a língua praticamente extinta vem sendo resgatada por alguns jovens e por meio da poesia. O mesmo estaria acontecendo no Brasil, segundo os especialistas. Das 190 línguas ameaçadas registradas aqui, alguma se encontram em estado bastante crítico, como o crenaque, idioma indígena do sudeste, falado por menos de dez pessoas. E algumas já extintas, como omaguá e xacriabá. Mas, como frisa Marleen Habard, editora do atlas para as regiões andinas, os grupos indígenas da América do Sul estão na vanguarda mundial no que diz respeito à preservação de línguas. Eles pressionam seus governos para reconhecê-las e protegê-las. No caso específico do Brasil, muitas línguas da Amazônia, por conta da pressão das comunidades indígenas, têm sido ensinadas nas escolas, ao lado do português. Na América Latina, o México aparece com 144 línguas ameaçadas. No Equador, com 20 línguas em perigo, se destaca o ressurgimento, nos últimos anos, da língua andoa, com apenas 100 palavras, e do zápara, que se acreditavam extintas e substituídas pelo quechua. Foi um jornalista quem descobriu um pequeno grupo de falantes do andoa em 2000, na fronteira com o Peru. De sua parte, a Bolívia registra 39 línguas em risco — uma das mais baixas listagens da região. O Peru aparece com 62, e a Colômbia com 68. Para o coordenador geral do atlas, Christopher Moseley, “seria ingênuo e simplista afirmar que as grandes línguas de passado colonial, como inglês, francês e espanhol, são sempre as responsáveis pela extinção das outras”. — Há um jogo de forças sutil — afirmou. Para Françoise Riviere, diretora de cultura da Unesco, a noção da importância da preservação das línguas maternas é crescente. — Estamos ensinando às pessoas que a língua do país natal é importante, e que devemos nos orgulhar de nossa língua.
Das 190 línguas do Brasil apontadas pelo novo atlas da Unesco como ameaçadas, as que se encontram em situação mais grave são aquelas faladas por grupos de até dez pessoas. Ao todo, 33 línguas, a grande maioria na Amazônia, se encontram nessa situação e são consideradas criticamente ameaçadas. Os casos mais dramáticos são os das línguas faladas por apenas uma pessoa. Há pelo menos dois exemplos disso no Brasil, no caso da língua apiaká, pertencente a um grupo original do norte do estado de Mato Grosso; e da caixana, no Amazonas, falada somente por Raimundo Avelino, de 78 anos, que vive na localidade de Limoeiro, em Japurá.Várias outras línguas são listadas como tendo somente dois falantes nativos, como guarasu e curuaia, ambas na Região Norte.
Fonte:
Fonte:
Jornal da Ciência. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=61838 Acesso em 02 mar 2009.
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