quarta-feira, 9 de abril de 2014




Decreto no  8.198, de 20 de fevereiro de 2014.

Regulamenta a Lei no 7.678, de 8 de novembro de 1988, que dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Decreto/D8198.htm

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

   
       Vinho é uma bebida tradicional que se constitui numa grande prevenção de diversas enfermidades humanas. Os nutrientes do vinho estão discriminados na tabela abaixo, conforme dados da União Brasileira Vitinicultura.




Bibliografia:

UNIÃO BRASILEIRA DE VITINICULTURA. Disponível em: 

quarta-feira, 31 de março de 2010

Algas contra obesidade

Estudo feito no Reino Unido reforça que algas marinhas têm elevado potencial de reduzir a absorção de gordura pelo organismo. Produto foi testado em pães
Algas marinhas podem se tornar uma importante alternativa contra a epidemia de obesidade. A conclusão é de uma pesquisa feita no Reino Unido e apresentada na reunião da American Chemical Society, em São Francisco, na semana passada.
O estudo verificou que as algas têm potencial de reduzir a quantidade de gordura pelo organismo em cerca de 75%. Os pesquisadores, da Universidade de Newcastle, adicionaram fibras obtidas das algas em pães, de modo a desenvolver alimentos que ajudem a perder peso ao serem consumidos.
O grupo liderado por Iain Brownlee e Jeff Pearson observou que o alginato, a fibra natural encontrada nas algas, diminui a absorção de gordura pelo organismo de modo muito mais eficiente do que a maioria dos tratamentos atuais contra obesidade.
Com o uso de um sistema digestivo artificial, os cientistas testaram a eficácia de mais de 60 tipos de fibras naturais ao medir a quantidade de gordura que era digerida e absorvida em cada caso. As algas apresentaram o melhor resultado.
Alginatos são comumente usados como espessantes ou estabilizantes em alguns tipos de alimentos. Segundo os pesquisadores, quando adicionados à massa de pães em testes cegos, os produtos resultantes foram considerados melhores do que o pão branco comum com relação à textura e gosto.
"Obesidade é um problema que não para de crescer e muitas pessoas acham difícil seguir uma dieta ou um programa de exercícios físicos com o objetivo de perder peso", disse Brownlee.
"Os alginatos têm um grande potencial para o uso no controle de peso e, quando adicionados aos alimentos, oferecem a vantagem adicional de ampliar a quantidade de fibra", apontou.
A próxima etapa da pesquisa será verificar, por meio de experimentos com voluntários, se os resultados observados no laboratório podem ser reproduzidos em circustâncias normais.
"Verificamos que o alginato reduz significativamente a digestão de gorduras. Isso sugere que, se pudermos adicionar essa fibra natural a produtos ingeridos diariamente - como pão, biscoitos ou iogurte -, até três quartos da gordura contida nessa refeição podem simplesmente passar pelo corpo sem serem absorvidos", disse Brownlee.
A pesquisa é parte de um projeto de três anos financiado pelo Biotechnology and Biological Sciences Research Council, do Reino Unido.

Fonte: Jornal da Ciência. Algas contra obesidade. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=69999 Acesso em 31 mar 2010.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Denominação de Origem Vale dos Vinhedos


Os dias 19 e 20 de novembro foram um novo marco para a vitivinicultura. Os primeiros vinhos que buscam a certificação de Denominação de Origem (DO) no Brasil foram avaliados no laboratório de análise sensorial da Embrapa Uva e Vinho.
Mais uma vez, as pioneiras são as vinícolas do Vale dos Vinhedos, representadas pela Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale).
Na primeira etapa, o grupo de sete degustadores oficiais e cinco convidados avaliaram 14 vinhos, sendo cinco vinhos para Denominação de Origem e nove para Indicação de Procedência. No segundo dia, avaliaram 11 vinhos tintos e dois base para espumante. Os vinhos avaliados oriundos de 9 vinícolas totalizarão 1.134.000 garrafas certificadas, destas 780 mil garrafas pleiteiam à Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos (I.P.V.V.) e 354 mil, a Denominação de Origem (DO).
De acordo com o chefe de P&D da Embrapa Uva e Vinho e coordenador das degustações, pesquisador Mauro Zanus, esse é último ano em que serão analisados vinhos para Indicação de Procedência. Ainda, segundo Zanus, no próximo ano serão avaliados apenas vinhos candidatos à Denominação de Origem, os quais devem ter um grau de exigência maior. “Queremos que os vinhos aprovados para Denominação de Origem tenham um padrão qualitativo superior e uma maior tipicidade de cor e sabor atribuída pelas especificidades da região de produção (terroir)”, destacou Zanus.
Ademir Brandelli, presidente do Conselho Regulador da Aprovale e responsável pela condução dos trabalhos, comenta que das nove vinícolas participantes, quatro estão solicitando a I.P.V.V., outras quatro buscam a DO e uma está inscrita para a obtenção de selos nas duas categorias. "Já estamos trabalhando nas degustações para formalizar a DO que dará ao Vale dos Vinhedos o status de região de excelência na elaboração de vinhos de alta qualidade", destacou Brandelli. Além do resultado da avaliação sensorial, os vinhos são submetidos a análises físico-químicas laboratoriais para sua aprovação final.
Brandelli comenta ainda que as regras da DO ainda estão sendo finalizadas pelo Conselho Regulador, composto por representantes das vinícolas, da Embrapa Uva e Vinho e da Universidade de Caxias do Sul (UCS), entidades pioneiras no apoio técnico para a Aprovale desde os primeiros passos em buscada IP. Após esta validação, o processo ainda será remetido para avaliação do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), responsável pela emissão da certificação.
Avaliadores: As degustações foram feitas por três técnicos da Embrapa Uva e Vinho (Mauro Zanus, Alberto Miele e Irineo DalL 'Agnol), um representante da Associação Brasileira de Enologia (Antonio Czarnobay) e três membros de vinícolas do Vale dos Vinhedos (João Valduga, Dario Crespi e Ademir Brandelli).

Fonte:
Embrapa Uva e Vinho. Denominação de Origem Vale dos Vinhedos. Disponível em: http://www.cnpuv.embrapa.br/ Acesso em 26 nov 2009.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Bionanotecnologia contra febre aftosa


Utilizando biossensores compostos por proteínas e nanopartículas, grupo da USP, em São Carlos, desenvolve tecnologia para monitorar vacinação de bovinos contra febre aftosa
Utilizando biossensores compostos por proteínas e nanopartículas, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um método inovador para detectar, em bovinos, o anticorpo da febre aftosa em animais.
O detector está sendo desenvolvido no Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicidade do Grupo de Biofísica do IFSC, coordenado pelo professor Valtencir Zucolotto. O projeto teve participação de Sérgio Mascarenhas e Gustavo Frigieri, do Instituto de Estudos Avançados do IFSC, e Bonald Figueiredo, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
De acordo com Zucolotto, as atividades do laboratório estão focadas no projeto "Estudo da interação entre materiais nanoestruturados e sistemas biológicos: aplicações ao estudo de nanotoxicidade e desenvolvimento de sensores para diagnóstico", financiado pela Fapesp na modalidade Auxílio à Pesquisa.
O projeto específico de desenvolvimento do detector é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo Zucolotto, a principal utilidade do biossensor, que utiliza conceitos de nanobiotecnologia, será o monitoramento da vacinação do gado contra a febre aftosa. Atualmente, segundo ele, o controle é feito apenas pela apresentação da nota fiscal da compra da vacina.
"A contaminação pode ser detectada clinicamente sem muita dificuldade, pelas feridas na boca e nos pés dos animais. Mas precisávamos de um método prático e eficiente para detectar a vacinação. O biossensor é capaz de fazer isso, porque detecta a presença de anticorpos da febre aftosa", disse Zucolotto à Agência Fapesp.
O pesquisador afirma que, além da apresentação da nota fiscal da compra da vacina, o outro método atualmente disponível para a detecção da vacinação é o uso de imunoensaios Elisa. Mas o inconveniente dessa alternativa é o maior custo e a necessidade de laboratórios especializados.
"Com o detector que estamos desenvolvendo, o pecuarista ou a vigilância sanitária podem verificar a vacinação em campo. Nenhum teste atualmente pode ser feito com essa praticidade. O leitor de Elisa é inviável para pequenos produtores. E a apresentação das notas fiscais é evidentemente um método ineficaz de controle", disse.
O novo método, segundo ele, pode ser utilizado por qualquer pessoa com formação técnica, diretamente no campo. "Os testes atuais custam em média R$ 20 mil. O nosso kit de detecção deverá ter o preço na escala de centenas de reais, apenas", declarou.
Segundo ele, a tecnologia do biossensor já foi completamente desenvolvida e teve sua eficácia testada no primeiro ano do projeto. Nos próximos dois anos o grupo trabalhará no desenvolvimento do produto. Um piloto do equipamento já deverá estar disponível dentro de um ano.
"Quando o kit estiver desenvolvido, um zootécnico poderá fazer o teste simplesmente gotejando o sangue do animal sobre lâminas que farão parte do equipamento. A resposta é dada a partir de diferenças na corrente elétrica, por meio de um circuito acoplado ao detector. Isso é possível com o uso de nanopartículas", afirmou.
Zucolotto afirma que a meta do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), do Ministério da Agricultura, é eliminar a febre aftosa do continente sul-americano até 2010. A vacinação contra febre aftosa ocorre duas vezes por ano. A expectativa é que aproximadamente 400 milhões de doses sejam dadas a um rebanho bovino composto por 150 milhões de cabeças de gado.
Desde 2005 o país não registra nenhum caso de febre aftosa. "O último atingiu os estados do Mato Grosso do Sul e Paraná e causou um embargo internacional ao produto. É preciso um monitoramento contínuo da vacinação, pois a doença pode fugir do controle rapidamente", disse.

Fonte:
Jornal da Ciência. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=66574 Acesso em 09 nov 2009.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Pesca na Amazônia pode reduzir desmatamento

Representantes de governos, legistaldores e especialistas participaram nesta quarta-feira do simpósio Amazônia, na Câmara dos Deputados. O ministro da Aquicultura e Pesca, Altemir Gregolin, informou durante o 3º Simpósio Amazônia, realizado nesta quarta-feira (7), que está discutindo no âmbito do ministério uma forma de incentivar a piscicultura na Amazônia, no lugar da criação de gado, para reduzir o desmatamento.
Ele afirma que a criação de peixes é mais rentável do que a de gado, e que há ainda um mercado inexplorado: em 2008, 16% do pescado consumido no Brasil foram importados.
Gregolin destacou que no Brasil existem 750 mil pescadores artesanais e que grande parte está na Amazônia. "A atividade não necessita de grandes extensões de terra e é forte em geração de emprego e renda", afirmou.
O ministro observou que a criação de gado na Amazônia é associada a 75% do desflorestamento. O professor da universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Eduardo Frickmann Young salientou que um boi na Amazônia significa menos 1,5 hectare de floresta. "Evitar um boi a mais na região equivale a reduzir a emissão anual de mais de 200 carros", disse.
Na opinião do professor da Universidade de Brasília (UnB) Donald Sawyer, as atividades econômicas florestais e não florestais na Amazônia deveriam ser subsidiadas pelo governo. Além disso, para ele, as atividades com maior sustentabilidade deveriam ser intensificadas.
Já o representante da Embrapa/Pará, Alfredo Homma, observou que o Brasil precisa reflorestar mais. Enquanto o País tem 5,5 milhões de hectares reflorestados, o Japão tem 11 milhões. Ele sugeriu a redução dos 51 milhões de hectares de pastagem na região.
O diretor-geral da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Viana, afirmou que 20% das emissões de gases do efeito estufa (GEE) são do segmento florestal. Em sua opinião, o desafio é reduzir o desmatamento e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida da população que vive na região. Viana defendeu a remuneração dos créditos de carbono pelo estoque de floresta e pelo não-desmatamento.
O governador de Rondônia, Ivo Cassol, defendeu a criação de incentivos econômicos como forma de alavancar o desenvolvimento sustentável em seu estado.
Cassol sugeriu a retenção no estado de parte do ICMS resultante da geração de energia elétrica pelas futuras usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, a isenção do PIS/Cofins para a instalação de indústria de calçados na região e ainda a compensação ambiental para os produtores que preservam. O governador disse que essas medidas servirão para gerar empregos e dar cidadania à população de Rondônia, prevenindo o desmatamento, uma vez que a população terá outros meios de vida. "Não podemos concordar com soluções que saem aqui de Brasília, porque a realidade lá é diferente", disse, lembrando que o estado tem reduzido o desmatamento.
Assim como Cassol, o professor aposentado da Universidade Federal do Pará (UFPA) e especialista em planejamento regional Armando Mendes afirmou que o País deve refletir sobre a Amazônia considerando todos os aspectos de uma região que não é homogênea e é povoada por 25 milhões de pessoas.
A região, disse, não deve ser vista apenas como um espaço natural, mas como habitat de uma população que precisa se valer dos recursos naturais para preservar suas vidas.
Também para o presidente da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, deputado Silas Câmara (PSC-AM), os interesses dessa população devem ser levados em consideração antes de tudo, ainda que a região seja considerada estratégica para o País e para o mundo.
No simpósio, Armando Mendes também criticou a elaboração de projetos que, segundo ele, são apenas desenvolvidos na região Amazônica, para beneficiar outros estados. Seria o caso da construção de Jirau e Santo Antônio, que beneficiaria principalmente outros estados, empregando apenas temporariamente a população do estado.
"Esses projetos estão na Amazônia por uma fatalidade geográfica, porque as fontes de energia elétrica estão lá. Não são projetos com o objetivo final de melhorar a Amazônia, mas de sustentar o crescimento da capacidade econômica do País. Deixam alguns empregos diretos, um mínimo de royalties e criam uma enorme responsabilidade para os estados de atender às demandas por saúde e educação criadas pelo adensamento geográfico", criticou o professor.
Por esse motivo, Ivo Cassol sugeriu incentivos econômicos voltados especificamente para a região. No caso da indústria de calçados, sua ideia seria tratar o couro das 12 milhões de cabeças de gado do estado na própria região, empregando a população local. Esse projeto, no entanto, esbarraria na falta de incentivos.
"Que indústria vai se instalar na Amazônia se não tiver compensação? Se queremos pensar na Amazônia e na preservação, temos que pensar hoje", disse Cassol.
No evento, o subsecretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Alberto Lourenço, destacou o esforço do governo Lula para combater o desmatamento na Amazônia. Entre esses esforços, estão a aprovação da Lei de Gestão de Florestas Públicas (11.284/06) e da Medida Provisória 458/09, que promoveu a regularização fundiária das terras públicas federais ocupadas na região. A MP foi transformada na Lei 11.952/09.
Lourenço reconheceu que o modelo econômico vigente hoje na Amazônia é resultado de uma política da década de 60, quando o governo federal tomou a decisão de ocupar a Amazônia como estratégia de defesa do território nacional.
"Abriram-se estradas e atraíram-se excedentes populacionais de outras regiões. A partir do eixo rodoviário, foi se formando um modelo econômico dos agentes privados, caracterizado pela pecuária extensiva de baixa produtividade e pela indústria madeireira", lembrou o subsecretário.
O 3º Simpósio Amazônia, cujo tema neste ano é "Desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas", realizou-se nesta quarta-feira no auditório Nereu Ramos, sob coordenação das comissões da Amazônia e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Confederação Nacional do Comércio e do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB.

Fonte:
Jornal da Ciência. Pesca na Amazônia pode reduzir desmatamento. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=66541 Acesso em: 09 out 2009.