quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Novas informações do Ministério da Saúde sobre a morte do sul-africano de 53 anos, ocorrida no Rio de Janeiro

Os laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estão realizando três exames para diagnosticar a doença febril hemorrágica que causou o óbito:
1) Sorologia – para um indicativo de diagnóstico;
2) PCR – método de biologia molecular, altamente sensível, para identificar material genético do agente causador da doença;
3) Exame histopatológico – realizado em fragmento de fígado do paciente.

Os exames devem ficar prontos no início da próxima semana. Se for necessário, serão realizados exames complementares.

O Ministério da Saúde reforça que avaliação preliminar descartou as possibilidades de DENGUE, MALÁRIA e EBOLA. Ainda estão sendo investigadas as hipóteses de HANTAVIROSES, HEPATITES e LEPTOSPIROSE, além da infecção por ARENAVÍRUS.

O Ministério da Saúde enviou ao Rio de Janeiro cinco epidemiologistas de campo, da Unidade de Respostas Rápidas da Secretaria de Vigilância em Saúde, que estão investigando o caso em parceria com as secretarias Estadual e Municipal de Saúde.

Os profissionais de saúde dos dois hospitais – Barra D’Or e Casa de Saúde São José – que atenderam ao paciente já foram identificados e estão sendo monitorados por exames clínicos e laboratoriais. O Ministério da Saúde ressalta que o vírus suspeito de ter causado a morte do paciente, o arenavírus, pode ser transmitido por CONTATO DIRETO com secreções ou sangue de roedores ou de pacientes infectados.

Não é recomendada a realização de quarentena, pois o contágio acontece apenas após o aparecimento dos sintomas. O período de incubação do vírus varia de sete a 16 dias.

Prosseguem os trâmites diplomáticos (junto ao corpo diplomático da África do Sul no Brasil) e sanitários (junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Anvisa, Ministério da Saúde, Secretarias Estadual e Municipal de Saúde) necessários para o traslado do corpo até o país de origem. O corpo, que está acondicionado em caixão de zinco lacrado, permanecerá no necrotério da Casa de Saúde São José, em sala também lacrada, até a definição de seu destino.

Nos últimos dez anos, foram detectados 16 casos de infecção de estrangeiros por vírus semelhantes, durante viagens a países da África. Em nenhum desses casos houve relatos de transmissão entre humanos.

Fonte:
Ministério da Saúde, 3 de dezembro de 2008 – 14h10. Disponível em: http://189.28.128.100/portal/aplicacoes/noticias/noticias_detalhe.cfm?co_seq_noticia=56577
Acesso em: 4 dez 2008.

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