segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Entrevista

Agradeço a entrevista concedida pelo Dr. Carlos Alberto Muylaert Lima dos Santos, - o qual exerceu o cargo de presidente da Rede Panamericana de Inspeção, Controle de Qualidade
e Tecnologia de Pescado e Derivados - ao meu blog.


1 - Quais são os aspectos relevantes nas sustentabilidades do pescado no Brasil e no mundo.

Segundo a FAO a humanidade enfrenta um desafio: como assegurar sustentabilidade dos recursos pesqueiros quando o nível da demanda aumenta além do que nosso ambiente aquático é capaz de suprir? Some-se a isto o fato de que esta pressão parece aumentar continuamente como resultado do crescimento populacional e a expansão constante do comércio.

Para alcançar um uso sustentável dos recursos pesqueiros a FAO julga ser necessário estabelecer sistemas de gestão que limitem as capturas de modo que possam se enquadrar à capacidade ótima da natureza de recriar /reproduzir os recursos. Isto leva ao reconhecimento da importância chave da aplicação e garantia de direitos de pesca (ou reconhecer direitos informalmente já existentes). Isto significa que estes direitos têm de ser claramente definidos o que por sua vez implica que faz-se mister saber QUEM tem estes direitos (a quem pertence um direito de pesca), quais os limites precisos de cada direito, e de como estes direitos são protegidos e garantidos. Os sistemas de gestão devem criar incentivos que eliminem as pescarias que superem a capacidade dos recursos, limitem a inversão na captura e aproveitamento não proporcional aos volumes ótimos dos estoques pesqueiros dentro de um período longo de tempo, e encoragem o interesse dos pescadores na reconstrução e manutenção dos estoques pesqueiros.

O setor pesqueiro é particularmente susceptível ao impacto de outras atividades terrestres ou aquáticas sobre o ambiente marinho, sua qualidade e produtividade. Diante da certeza de que a pesca deve fazer uma contribuição ótima ao bem estar econômico e social, estas interações devem ser levadas em conta, através da integração em estruturas maiores de gestão das áreas costeiras.

No caso particular do Brasil tem importância prioritária a pesca artesanal que contribui de modo fundamental para a nutrição, segurança alimentar, sustentabilidade da subsistência e diminuição da pobreza. Mais uma vez segundo a FAO, esta contribuição da pesca artesanal à sustentação do desenvolvimento do país deve ser plenamente compreendida. A pesca artesanal e os pescadores artesanais não podem sejam marginalizados: sua importância para a economia nacional e segurança alimentar deve ser reconhecida, valorizada e amparada. Ao setor deve ser dado o poder de participação no processo decisório com dignidade e respeito através da gestão integrada dos sistemas sociais, econômicos e ecológicos que o alicerçam.

2 - Aspectos atuais sobre a utilização de medicamentos veterinários em aquicultura e sua repercussão atual na saúde humana

Com o desenvolvimento da aqüicultura e o conhecimento da existência de uma série de doenças que afetam os animais aquáticos houve um aumento no uso de medicamentos veterinários nos sistemas intensivo de cultivos. Os antibióticos passaram a ser comumente usados na aqüicultura de vários países para tratar infecções causadas por vários agentes patógenos tais como Aeromonas, Edwarsiella, Pasteurella, Vibrio e Yersinia. Os medicamentos são comumente usados como ingredientes de rações ou como revestimento de rações peletizadas e assim dispersos na água de cultivo. O uso destes medicamentos está associado a novos perigos e riscos para a Saúde Pública com referência ao consumo de pescado cultivado. Entre estes problemas e riscos estão os causados pelos resíduos de antibióticos e o desenvolvimento de resistência anti-microbiana nas bactérias que podem ser transferidas ao homem através do consumo do pescado cultivado. Os problemas incluem também alergias e efeitos tóxicos.

Um fator importante a considerar é a ausência de evidências científicas relacionadas à comprovação de que estes resíduos tenham causado malefícios aos consumidores. Muito do que se lê é histeria, sem comprovação prática.Pergunta-se: quantos casos existem esscritos na literatura especializada relatando que pessoas consumiram pescado cultivado e se intoxicaram com resíduos de verde malaquita, cloranfenicol ou nitrofuranos?

O controle destes problemas devem ser realizados através da aplicação do Sistema HACCP pelos produtores e seu controle restrito por parte dos Serviços de Inspeção de Pescado e Derivados. Mais especificamente, os medicamentos devem ter sido receitados por um veterinário, seu uso aprovado, doses e períodos de quarentena especificadas. Na prática, principalmente nos países em desenvolvimento (mas também naqueles industrializados) poucos medicamentos tem seu uso oficialmente aprovado. Isto leva ao seu emprego indiscriminado. Muito resta a fazer para alcançarmos estas metas.

3 - Pescado Seguro: mito ou realidade?

O pescado e seus derivados estão entre os alimentos mais sadios. A possibilidade de ter um pescado inócuo é uma realidade.

Entretanto, existem situações específicas nas quais o pescado pode apresentar um perigo real para o consumidor com risco para sua saúde. A maior preocupação prende-se ao consumo dos moluscos bivalves (mariscos, mexilhões, ostras) que por suas características fisiológicas concentram o alimento que filtram do meio ambiente em que vivem. Caso este ambiente esteja contaminado por germens patógenos (bactérias, vírus) ou biotoxinas (PSP, DSP, ASP) os bivalves têm a possibilidade de concentra-los, podendo oferecer grave risco ao consumidor. Outro problema grave se relaciona ao consumo de algumas poucas espécies de peixes altamente venenosos, por exemplo, certas espécies de baiacús. O pescado cultivado apesar de receber um maior controle sobre a matéria prima e as condições de produção, transporte, manipulação, processamento e distribuição, pode apresentar perigos e riscos específicos relacionados à presença de resíduos de medicamentos veterinários e agrotóxicos.

4 - Existe algum relato de surto de Legionella sp na cadeia produtiva de pescado?

Como você está ciente a Legionella é uma bactéria que vive naturalmente no meio ambiente (água e solo). É responsável por uma grave doença respiratória chamada “Doença dos Legionários”, responsável anualmente por numerosas fatalidades em vários lugares do mundo . O termo legionelosis inclui várias doenças causadas pela bactéria Legionella pneumophila incluindo a chamada “Pontiac fever”.

A Legionella é capaz de invadir sistemas de abastecimento de água públicos e domésticos e neles proliferar. As pessoas têm contato diário.com estes sistemas. Dependendo da susceptibilidade individual de cada um existe a possibilidade de que possam inalar um aerosol (gotas de água em aspersão) contaminado pela Legionella e venham a se infectar. A susceptibilidade depende de vários fatores inclusive a idade, o sexo, estado de saúde (ex: TB, Câncer, HIV, etc), duração da exposição, etc.

A Legionella multiplica-se na água entre 20 e 45˚C sendo a faixa ótima considerada entre 32 e 37˚C. Além do fator temperatura a Legionella requer uma fonte de alimento (qualquer matéria orgânica ou corrosão dentro do sistema de abastecimento de água), bem como um micro-habitat - um biofilme.

Ao invés de crescer ao aberto ou na água como um todo, a Legionella busca um nicho e prolifera em biofilmes e protozoários. Estes biofilmes consistem num filme fino de bactérias (sente-se gosmento se passarmos o dedo na superfície interna de um tanque, piscina, etc), e são naturalmente encontrados no interior dos sistemas de água de abastecimento, particularmente se existem condições permanentes de estagnação que só podem ser removidas mediante procedimentos de limpeza e desinfecção.

Surtos da Doença dos Legionários foram associados a diferentes sistemas de água de abastecimento inclusive os seguintes:

Torres de resfriamento e condensadores de evaporação
Sistemas de água quente e fria, especialmente chuveiros
Banhos de spa
Bebedouros
Fontes decorativas
Sistemas de aspersão para agricultura
Sistemas de ar acondicionado
Chuveiros de emergência e mangueiras de incêndio
Sistemas de irrigação e canos de mangueiras
Lavagem de veículos, carros e trens

Existem CÓDIGOS DE PRÁTICA que incluem o controle da Legionella na Indústria de Alimentos. Este é o caso da Inglaterra onde temos o documento “The prevention and control of Legionella spp. (including Legionnaires Disease) in food factories” e inclusive firmas especializadas em Auditorias de Riscos de Legionella, por exemplo, em hotéis.

Não há qualquer referência associando diretamente o consumo do pescado à doença. A doença é causada pela inalação de aerossóis contaminando com a bactéria. Logicamente, existe um risco potencial para os operários que operam em estabelecimentos de pescado e derivados, como existe para quase todas as pessoas que têm contacto diário com um ambiente propício à contaminação pela Legionella.

5 - Quais são as implicações da utilização de produtos não comestíveis provenientes de pescado parasitado com larvas com aspecto zoonótico?

Esta situação pode provocar a transferência da parasitose ao pescado cultivado que está sendo alimentado com uma ração contaminada com parasitos. Por exemplo, isto é descrito para o pescado cultivado em gaiolas flutuantes quando alimentado com rações húmidas contendo restos de pescado cru. Daí a importância do controle de qualidade (incluindo o controle da inocuidade) da alimentação destinada ao pescado cultivado. Mais uma vez os princípios do HACCP devem ser aplicados, neste caso, com um enfoque zoosanitário específico. Entre as medidas de controle podem figurar o tratamento térmico da ração de modo a eliminar a possível contaminação parasitária.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Dia de Autógrafos com Cristiane Miranda


Disponível em: http://www.donnadonni.com.br/index.htm

Agradeço ao Enoamigo Oscar Daudt pela divulgação da minha Noite de Autógrafos no site Enoeventos http://www.enoeventos.com.br/aseguir.htm

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Rótulos de Produtos que contenham Peixes provenientes da Aquicultura

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

RESOLUÇÃO Nº 1, DE 7 DE MARÇO DE 2008

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL, DA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 902, do Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952, e o que consta
do Processo nº 21000.000035/2008-84, resolve:

Art. 1º Adotar a expressão "Peixe de cultivo: coloração resultante do corante utilizado na ração" em todos os rótulos aplicáveis aos produtos que contenham peixes provenientes da aqüicultura cuja coloração da musculatura tenha sido obtida por meio da alimentação com rações adicionadas de corantes.
§ 1º As novas solicitações de registro de rótulo deverão contemplar esta exigência, sendo imprescindível que no formulário de registro seja informada a origem do peixe (pesca extrativa ou aqüicultura), de forma a permitir a avaliação quanto à aplicabilidade da expressão.
§ 2º As rotulagens já aprovadas pela Divisão de Inspeção de Pescado e Derivados - DIPES, deverão ser adequadas à nova exigência num prazo máximo de 150 (cento e cinqüenta) dias, a contar da publicação desta Resolução, a fim de permitir a utilização dos estoques de rótulos já existentes. Durante este prazo, será permitida a utilização de etiquetas auto-adesivas sobre a rotulagem aprovada, contendo a expressão acima referida.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Fonte:

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Novas informações do Ministério da Saúde sobre a morte do sul-africano de 53 anos, ocorrida no Rio de Janeiro

Os laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estão realizando três exames para diagnosticar a doença febril hemorrágica que causou o óbito:
1) Sorologia – para um indicativo de diagnóstico;
2) PCR – método de biologia molecular, altamente sensível, para identificar material genético do agente causador da doença;
3) Exame histopatológico – realizado em fragmento de fígado do paciente.

Os exames devem ficar prontos no início da próxima semana. Se for necessário, serão realizados exames complementares.

O Ministério da Saúde reforça que avaliação preliminar descartou as possibilidades de DENGUE, MALÁRIA e EBOLA. Ainda estão sendo investigadas as hipóteses de HANTAVIROSES, HEPATITES e LEPTOSPIROSE, além da infecção por ARENAVÍRUS.

O Ministério da Saúde enviou ao Rio de Janeiro cinco epidemiologistas de campo, da Unidade de Respostas Rápidas da Secretaria de Vigilância em Saúde, que estão investigando o caso em parceria com as secretarias Estadual e Municipal de Saúde.

Os profissionais de saúde dos dois hospitais – Barra D’Or e Casa de Saúde São José – que atenderam ao paciente já foram identificados e estão sendo monitorados por exames clínicos e laboratoriais. O Ministério da Saúde ressalta que o vírus suspeito de ter causado a morte do paciente, o arenavírus, pode ser transmitido por CONTATO DIRETO com secreções ou sangue de roedores ou de pacientes infectados.

Não é recomendada a realização de quarentena, pois o contágio acontece apenas após o aparecimento dos sintomas. O período de incubação do vírus varia de sete a 16 dias.

Prosseguem os trâmites diplomáticos (junto ao corpo diplomático da África do Sul no Brasil) e sanitários (junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Anvisa, Ministério da Saúde, Secretarias Estadual e Municipal de Saúde) necessários para o traslado do corpo até o país de origem. O corpo, que está acondicionado em caixão de zinco lacrado, permanecerá no necrotério da Casa de Saúde São José, em sala também lacrada, até a definição de seu destino.

Nos últimos dez anos, foram detectados 16 casos de infecção de estrangeiros por vírus semelhantes, durante viagens a países da África. Em nenhum desses casos houve relatos de transmissão entre humanos.

Fonte:
Ministério da Saúde, 3 de dezembro de 2008 – 14h10. Disponível em: http://189.28.128.100/portal/aplicacoes/noticias/noticias_detalhe.cfm?co_seq_noticia=56577
Acesso em: 4 dez 2008.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

En España hay 10 millones de alérgicos

Los especialistas afirman que en el aumento de la incidencia interviene la modificación de los genes, derivada de la influencia del entorno
La incidencia de las enfermedades alérgicas en España aumenta cada año en torno a un 1% y, en la actualidad, se estima que existen 10 millones de alérgicos.
El Dr. Ignacio Antepara, jefe del Servicio de Alergología del Hospital de Basurto, de Bilbao, y coordinador del Comité Organizador de la XXVI edición del Congreso Nacional de la Sociedad Española de Alergología e Inmunología Clínica (SEAIC), explicó que, "teniendo en cuenta el avance de las patologías alérgicas en la población española, se espera que, en la próxima década, el número de pacientes ronde los 20-30 millones".
También indicó que, principalmente, las patologías que están experimentando un mayor aumento son las denominadas "clásicas" en alergología, como la rinitis, el asma y la urticaria.
Estos y otros aspectos de las patologías alérgicas serán analizados por más de 1.000 alergólogos nacionales e internacionales durante el XXVI Congreso Nacional de la SEAIC, que se celebra hasta el 8 de noviembre en el Palacio de Euskalduna de Bilbao.
El informe Alergológica, cuya segunda edición fue elaborado en 2005 por la SEAIC en las consultas de alergia de toda España, indica que, respecto a los datos recogidos en 1992, fecha de la primera edición, el perfil de los pacientes ha aumentado en edad, con un mayor predominio de mujeres. Asimismo, se registra un mayor número de pacientes polisensibilizados -pacientes sensibilizados a varios alérgenos- que hace unos años.
Respecto a este informe, el Dr. Tomás Chivato, presidente de la SEAIC, señaló que la importancia y relevancia de este estudio ha animado a otros países europeos (Italia y Portugal) y latinoamericanos (Argentina, México y Brasil) a llevarlo a cabo con el mismo formato. Según precisó, los datos epidemiológicos, diagnósticos y terapéuticos de las distintas enfermedades alérgicas permiten obtener una información esencial de estas enfermedades y cómo influyen en la calidad de vida del paciente alérgico.
Otro de los datos importantes que se puede obtener de la comparativa entre ambas ediciones de Alergológica es la aparición de nuevos alérgenos, como el anisakis, y de nuevos pacientes alérgicos, apuntó el Dr. Chivato, quien destacó el aumento de pacientes inmigrantes que, tras varios años de residencia en España, se convierten en alérgicos.
Alergias tradicionales
Se estima que la mitad de las consultas que se producen en alergología son causa de los síntomas nasales producidos principalmente por una rinitis con o sin conjuntivitis. Esta patología, indicó el Dr. Antepara, forma junto al asma, la urticaria y el eccema las enfermedades alérgicas que más han aumentado en los últimos años, a pesar de que cada día hay más y mejores tratamientos frente a estas patologías.
Nuevas alergias al látex o a anisakis, que hace años parecía que se convertirían en epidemias, "hoy en día, gracias a las medidas tomadas, podemos decir que cada vez vemos menos casos en las consultas", apuntó.
En este sentido, los especialistas indican que, sin duda, en el aumento de las enfermedades alérgicas experimentado en los últimos años interviene la epigenética, que consiste en la modificación de los genes, derivada de la influencia del entorno, el ambiente o los alimentos ingeridos, entre otros.
"Aunque algunos autores también hace alusión a otros factores como las vacunas en los niños o la actividad de los antibióticos. Todo ello puede modificar la expresión de los genes y provocar que aparezcan patologías que antes permanecían ocultas. Por esta razón, en general, los nuevos tratamientos frente al asma y la alergia van a ir en esa línea, intentando bloquear la expresión de determinados genes. De hecho, este será el futuro de los tratamientos antialérgicos", indicó Antépera.
Asma
En la actualidad, el 27% de la población alérgica atendida en las consultas de alergia es asmática. Por ello, en este Congreso, los especialistas participantes tratarán en profundidad esta enfermedad.
El Dr. Antepara reconoció que el motivo de que todavía no se haya conseguido controlar la enfermedad, a pesar de la cantidad de tratamientos disponibles en la actualidad, se debe a que hasta la fecha el asma "se había tratado como una sola enfermedad con un solo tratamiento. Sin embargo, hemos visto que estábamos en un error y que esta enfermedad esta dividida en diferentes fenotipos, por lo que no todas las personas con asma son iguales y, por lo tanto, ello hay que tenerlo en cuenta en el diagnóstico, pronóstico y tratamiento".
Por otro lado, en el Congreso también se revisan los principales aspectos relacionados con la alergia producida por alimentos. Así, se abordará la importancia de un correcto etiquetado en los alimentos envasados por la presencia de alérgenos ocultos, el papel de las autoridades sanitarias, la industria alimentaria, del médico y del paciente, entre otros temas.

Fuente:
En España hay 10 millones de alérgicos. Disponível em: http://www.jano.es/jano/actualidad/ultimas/noticias/janoes/agencias/espana/hay/10/millones/alergicos/_f-11+iditem-4619+idtabla-1 Acesso em: 02 dez 2008.