Pesquisas apontam que, além de minimizar efeito adverso, há eficácia Alexandre Gonçalves escreve para “O Estado de SP”: o Brasil já desenvolve seus primeiros medicamentos com nanotecnologia, uma das abordagens promissoras para a criação de drogas menos tóxicas e mais eficazes. Há 15 anos surgiram os primeiros grupos de pesquisa no País. Agora, antibióticos, anestésicos e quimioterápicos já são testados. Os progressos na área serão discutidos, hoje e amanhã, durante a 23ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), em Águas de Lindóia (a 170 quilômetros de SP). Nas terapias nanotecnológicas, o princípio ativo - principal substância do remédio - fica envolvido por uma "pequena caixa" - o nanocarreador. É como se o medicamento fosse empacotado para ser entregue no órgão no momento adequado para aumentar as chances de cura.A nanotecnologia, ciência que procura manipular a matéria no nível dos átomos e moléculas, é fundamental para construir os nanocarreadores. Muitas vezes, eles têm um diâmetro inferior a cem nanômetros. Para se ter uma idéia, um nanômetro equivale a milionésima parte de um milímetro. Um cabelo humano tem 100 mil nanômetros de espessura.ResultadosPacientes com câncer de fígado e pulmão costumam utilizar um quimioterápico injetável chamado doxorubicina que, ao cair na corrente sanguínea, espalha-se para todo o corpo, prejudicando tecidos sadios. A equipe do pesquisador Anselmo Gomes de Oliveira, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, colocou o remédio dentro de um nanocarreador construído com um nutriente muito consumido pelas células cancerosas. A maior parte do "alimento envenenado" foi digerida pelas células do tumor, causando sua destruição. A nova técnica diminuiu para um quinto a toxicidade.Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o pesquisador Sócrates Tabosa do Egito envolveu o antibiótico amoxicilina com uma nanoestrutura magnética. Depois aplicou uma corrente elétrica no estômago de cobaias infectadas com Helicobacter pylori, bactéria capaz de causar úlceras. O medicamento, administrado por via oral, "estacionou" no órgão e penetrou na sua mucosa, liberando o antibiótico.O professor Antonio Tedesco, da USP de Ribeirão Preto aprimorou uma terapia para câncer de pele com o uso da nanotecnologia. Uma pomada tópica, em contato com uma fonte de luz vermelha, causa a morte das células cancerosas - o tratamento resultante é mais eficaz no combate a cânceres de pele mais profundos. O primeiro remédio nanotecnológico desenvolvido no Brasil deverá chegar ao mercado no fim de 2009. Será um anestésico desenvolvido pela equipe da pesquisadora Sílvia Guterrez, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Fonte:
Jornal da Ciência. 21 de Agosto de 2008. Brasil desenvolve nanodroga, menos tóxica. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=58116 Acesso em 21 ago 2008.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Os avanços da defesa animal transformaram Brasil em potência exportadora de carne
Os avanços da defesa animal transformaram Brasil em potência exportadora de carne
Brasília. Há 74 anos foi criado o Serviço de Defesa Sanitária Animal (SDSA) no Brasil, pelo Decreto nº 25.548, durante o governo provisório de Getúlio Vargas. De lá pra cá, o aprimoramento e os sucessivos avanços na área de saúde animal permitiram ao País se inserir cada vez mais no comércio internacional de carnes. O Brasil hoje é uma potência nesse setor e a qualidade do seu rebanho se revela nos números de exportação de carne para mais de 140 países. Está entre os maiores produtores e exportadores mundiais de carnes bovina, de aves e suína.
Antes da criação do SDSA, surgiu o primeiro desafio para a defesa animal, quando, em 1921, a medicina veterinária brasileira conquistou expressiva vitória ao erradicar a peste bovina. A doença ingressou no País por São Paulo, com as importações de bovinos de origem indiana que, antes de chegarem ao Brasil, aportaram em Antuérpia (Bélgica). No ano anterior, foi diagnosticada naquele país a epizootia que logo se espalhou para outros países da Europa. O episódio ensejou a criação, em 1924, da Organização Mundial de Saúde Animal que à época se chamava Escritório Internacional de Epizootias (OIE). O acordo de criação da OIE foi ratificado pelo Brasil e outros 23 países.
O regulamento, anexo ao decreto de criação do SDSA, previa normas para importação e exportação de animais e produtos de origem animal. Trazia, ainda, as regras para inspeção em portos e postos de fronteiras, para o trânsito de animais e para a fiscalização de mercados e feiras de animais vivos, além das medidas preventivas para combater as doenças infecto-contagiosas. A lei também concedia, aos serviços veterinários, livre acesso às propriedades rurais, estabelecimentos de criação, depósitos, armazéns, estações de trem, aeroportos, portos, navios atracados ou não, alfândegas e quaisquer outros lugares onde estivessem animais e despojos a inspecionar.
Entre as principais ações de defesa animal desempenhada pelo SDSA, destacam-se o controle da peste suína clássica, iniciado nas décadas de 1940 e 1950, hoje erradicada na maior parte do território nacional, e a luta contra a peste suína africana, constatada pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 1978, e erradicada do Brasil desde 1984. Vale ressaltar também a erradicação da doença de Newcastle, o controle da raiva em herbívoros e o combate à tuberculose e brucelose bovinas.
A erradicação da febre aftosa no Brasil é um dos principais desafios da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A doença foi constatada pela primeira vez no Brasil em 1895. Os últimos focos da doença ocorreram em 2006. Hoje, 18 unidades federativas são reconhecidas pela OIE como livre da febre aftosa. Apenas alguns estados das regiões Norte e Nordeste ainda são considerados de risco desconhecido.
Graças à intensificação das ações do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) nas regiões Norte e Nordeste, a SDA tem expectativa de erradicar a doença, em todo o território nacional, até o ano de 2010. Além do PNEFA, o Departamento de Saúde Animal da SDA desenvolve o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), o Programa Nacional de Saúde Suídea (PNSS), o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose (PNCEBT), o Programa Nacional de Sanidade dos Eqüideos (PNSE), o Programa Nacional de Sanidade dos Animais Aquáticos (PNSAA), entre outros, e ainda regulamenta e controla a movimentação de animais e de produtos de origem animal no Brasil.
Na conjuntura do comércio mundial de alimentos, a saúde animal se torna cada vez mais essencial para o acesso a novos mercados e a manutenção destes, além de garantir o abastecimento de produtos seguros no mercado interno.
Brasília. Há 74 anos foi criado o Serviço de Defesa Sanitária Animal (SDSA) no Brasil, pelo Decreto nº 25.548, durante o governo provisório de Getúlio Vargas. De lá pra cá, o aprimoramento e os sucessivos avanços na área de saúde animal permitiram ao País se inserir cada vez mais no comércio internacional de carnes. O Brasil hoje é uma potência nesse setor e a qualidade do seu rebanho se revela nos números de exportação de carne para mais de 140 países. Está entre os maiores produtores e exportadores mundiais de carnes bovina, de aves e suína.
Antes da criação do SDSA, surgiu o primeiro desafio para a defesa animal, quando, em 1921, a medicina veterinária brasileira conquistou expressiva vitória ao erradicar a peste bovina. A doença ingressou no País por São Paulo, com as importações de bovinos de origem indiana que, antes de chegarem ao Brasil, aportaram em Antuérpia (Bélgica). No ano anterior, foi diagnosticada naquele país a epizootia que logo se espalhou para outros países da Europa. O episódio ensejou a criação, em 1924, da Organização Mundial de Saúde Animal que à época se chamava Escritório Internacional de Epizootias (OIE). O acordo de criação da OIE foi ratificado pelo Brasil e outros 23 países.
O regulamento, anexo ao decreto de criação do SDSA, previa normas para importação e exportação de animais e produtos de origem animal. Trazia, ainda, as regras para inspeção em portos e postos de fronteiras, para o trânsito de animais e para a fiscalização de mercados e feiras de animais vivos, além das medidas preventivas para combater as doenças infecto-contagiosas. A lei também concedia, aos serviços veterinários, livre acesso às propriedades rurais, estabelecimentos de criação, depósitos, armazéns, estações de trem, aeroportos, portos, navios atracados ou não, alfândegas e quaisquer outros lugares onde estivessem animais e despojos a inspecionar.
Entre as principais ações de defesa animal desempenhada pelo SDSA, destacam-se o controle da peste suína clássica, iniciado nas décadas de 1940 e 1950, hoje erradicada na maior parte do território nacional, e a luta contra a peste suína africana, constatada pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 1978, e erradicada do Brasil desde 1984. Vale ressaltar também a erradicação da doença de Newcastle, o controle da raiva em herbívoros e o combate à tuberculose e brucelose bovinas.
A erradicação da febre aftosa no Brasil é um dos principais desafios da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A doença foi constatada pela primeira vez no Brasil em 1895. Os últimos focos da doença ocorreram em 2006. Hoje, 18 unidades federativas são reconhecidas pela OIE como livre da febre aftosa. Apenas alguns estados das regiões Norte e Nordeste ainda são considerados de risco desconhecido.
Graças à intensificação das ações do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) nas regiões Norte e Nordeste, a SDA tem expectativa de erradicar a doença, em todo o território nacional, até o ano de 2010. Além do PNEFA, o Departamento de Saúde Animal da SDA desenvolve o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), o Programa Nacional de Saúde Suídea (PNSS), o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose (PNCEBT), o Programa Nacional de Sanidade dos Eqüideos (PNSE), o Programa Nacional de Sanidade dos Animais Aquáticos (PNSAA), entre outros, e ainda regulamenta e controla a movimentação de animais e de produtos de origem animal no Brasil.
Na conjuntura do comércio mundial de alimentos, a saúde animal se torna cada vez mais essencial para o acesso a novos mercados e a manutenção destes, além de garantir o abastecimento de produtos seguros no mercado interno.
Fonte:
Ministério da Agricultura. Os avanços da defesa animal transformaram Brasil em potência exportadora de carne. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/ Acesso em: 05 ago 2008.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Fiscalização de vinhos e bebidas é tema de encontro em Brasília
A prevenção e o combate a fraudes econômicas na venda de bebidas estão sendo discutidos hoje (30/07), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Representantes da Coordenação-Geral de Vinhos e Bebidas, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), e das Superintendências Federais de Agricultura nos estados estão reunidos com o objetivo de reforçar as atividades de fiscalização de bebidas em todo o País.
“Esse encontro é importante para harmonizar procedimentos e intensificar as ações de fiscalização, buscando garantir sempre o equilíbrio entre a competitividade da produção nacional e a segurança do consumidor, que é uma das linhas da defesa agropecuária”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz.
Durante o encontro, os responsáveis pela fiscalização de bebidas farão, ainda, uma avaliação dos resultados das ações do primeiro semestre de 2008 e a readequação do planejamento de atividades para os próximos meses do ano.
“Esse encontro é importante para harmonizar procedimentos e intensificar as ações de fiscalização, buscando garantir sempre o equilíbrio entre a competitividade da produção nacional e a segurança do consumidor, que é uma das linhas da defesa agropecuária”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz.
Durante o encontro, os responsáveis pela fiscalização de bebidas farão, ainda, uma avaliação dos resultados das ações do primeiro semestre de 2008 e a readequação do planejamento de atividades para os próximos meses do ano.
Fonte:
Minstério da Agricultura. Fiscalização de vinhos e bebidas é tema de encontro em Brasília. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/ Acesso em: 30 jul 2008.
terça-feira, 29 de julho de 2008
VI Seminário da Agroindústria
O seminário da Agroindústria - SEMINAGRO - é um evento promovido pelo Grupo de Pesquisa “Agroindústria e a interação do homem com o ambiente”, com o intuito de promover a integração entre o meio acadêmico e empresarial; disseminar conhecimentos e discutir os problemas do sistema agroalimentar, enfocando as novas tecnologias de processos, tendências de mercado e modelos de gestão.
Contando com a participação de profissionais, empresários, pesquisadores, professores e estudantes de cursos técnicos, de graduação e pós-graduação, já foram realizados cinco eventos: I SEMINÁRIO DA AGROINDÚSTRIA, em dezembro de 2002, com o tema “Os desafios dos empreendimentos locais”; II SEMINÁRIO DA AGROINDÚSTRIA, em dezembro de 2003, com o tema “Agronegócio, uma vocação nacional”; III SEMINÁRIO DA AGROINDÚSTRIA, em dezembro de 2004, com o tema “Segurança alimentar e fome zero”; IV SEMINÁRIO DA AGROINDÚSTRIA, em dezembro de 2006, com o tema “Inclusão social pelo agronegócio” e o V SEMINÁRIO DA AGROINDÚSTRIA, em dezembro de 2007, com o tema “A agroindústria como fator de agregação de valor”.
Mais informações em:
http://seminagro.com.br/ Acesso em: 29 julho 2008.
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quinta-feira, 17 de julho de 2008
Bactéria da úlcera “chegou à América antes de Colombo”
Estudo encontrou bactéria em múmias mexicanas com quase 660 anos Cientistas mexicanos anunciaram ter descoberto uma prova de que a bactéria que causa a úlcera estava presente na América antes do descobrimento por Cristóvão Colombo, em 1492, diferentemente do que se imaginava. A equipe, da Universidade Nacional Autônoma do México, estudou amostras de tecido de corpos mumificados encontrados em uma caverna no Estado de Chihuahua, no norte do país, e descobriram nelas traços da bactéria causadora da doença, a Helicobacter pylori. Duas amostras estudadas de tecido gástrico dos corpos, que datam de aproximadamente do ano 1350, apresentaram sinais da bactéria. Este é o primeiro caso comprovado da presença da Helicobacter pylori em populações pré-colombianas. Úlceras e câncer Os pesquisadores analisaram amostras de tecido gástrico, da língua e do cérebro de dois dos seis corpos mumificados encontrados - o de um homem adulto e o de um menino. Nos dois cadáveres, o processo de mumificação ocorreu de forma natural, devido às condições ambientais especiais existentes na Caverna das Ventanas, onde foram achadas. A infecção pela Helicobacter pylori afetaria cerca de metade da população humana. Entre os infectados, 15% desenvolvem úlceras e, 3%, câncer do estômago.
O estudo foi publicado na publicação científica BMC Microbiology. (BBC Brasil).
Fonte:
Jornal da Ciência. E-mail 3555, de 16 de Julho de 2008. Disponível em:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=57369 Acesso em: 17 jul 2008.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Brasil ocupa a 15ª posição no ranking de produção científica
A produção científica brasileira já ocupa a 15ª posição no ranking da produção científica mundial. Com 19.428 artigos publicados em 2007, o País responde por 2,02% de todos os artigos publicados no mundo, à frente de Suíça (1,89%) e Suécia (1,81%), e atrás de Holanda (2,55%) e Rússia (2,66%). Os números foram divulgados nesta terça-feira, dia 8 de julho, Dia Nacional da Ciência, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). Os números são baseados em dados do Instituto para Informação Científica (ISI, na sigla em inglês), dos EUA, que monitora 10 mil publicações em todo o mundo. Entre os países latino-americanos, o México aparece em segundo lugar na 28ª posição, com 7.469 artigos publicados (0,78%). O primeiro colocado em números absolutos é os EUA, com 297.769 artigos (30,95%), seguida da China, com 89.777 (9,33%), e Alemanha, com 75.400 (7,84%). O anúncio frisou ainda que a área brasileira que se destaca no âmbito mundial em produção científica é a agricultura, com 4.139 artigos produzidos entre 2003 e 2007 – 4% da produção total em todo o mundo. Já dentro do País, o destaque vai para a medicina: 3.745 artigos publicados em 2007. Entre os artigos brasileiros citados nos últimos quatro anos, 71% são da área de neurociências. Segundo a Capes, quando combinados os fatores território (países com mais de 4 milhões de Km2), população (países com mais de 100 milhões de habitantes) e economia (países com PIB maior do que US$ 400 milhões), o Brasil figura entre os quatro primeiros produtores científicos do mundo, junto com a Rússia, os Estados Unidos e a China.
Mais informações: http://www.capes.gov.br/ Acesso em: 11 jul 2008.
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