quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

A Primeira Cerveja no Brasil

A fundação das primeiras cervejarias na América Latina ocorreu com a chegada dos imigrantes anglo-saxões ao continente, ao longo do século XIX. No Brasil, a referência é a chegada da família real portuguesa, em 1808. Em relação ao início da atividade o Brasil, transcreve-se a opinião de Câmara Cascudo sobre o referido assunto: “A bebida (cerveja) chegou ao país, possível e provavelmente com a colonização holandesa (1634-1654), pela Companhia das Índias Ocidentais”. Porém a primeira citação acerca da primeira produção de cerveja no país, mencionada por Evaldo Cabral de Melo, na recente biografia de Maurício de Nassau, informa: “Nassau provavelmente deixou de usá-la (sua residência de La Fontaine) após a construção do parque de Vrijburg desde outubro de 1640, essa passou a ser utilizada por uma fábrica de cerveja”. Na época da chegada de Nassau ao Brasil, chegou Dirck Dicx, mestre cervejeiro, com uma planta de uma cervejaria e com seus componentes, para serem montados na capital do Brasil holandês.
A primeira cervejaria das Américas foi instalada em La Fontaine, em Recife, em outubro de 1640. Iniciaram-se, em abril de 1641, a produção e a distribuição dessa cerveja, certamente de alta fermentação e de cevada, e provavelmente, sem lúpulo. La Fontaine foi alugada por quatro anos por 1.500 florins, e do consumo dessa cerveja temos documentação até o final da ocupação holandesa, em 1654.

Fonte:
SANTOS, S. P. Memórias de Adega e Cozinha. São Paulo: Editora Senac São Paulo. 2007.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Copacabana: Aspectos Históricos

Em meados do século XVIII, o nome que designava o espaço da atual Copacabana até a Lagoa Rodrigo de Freitas, conhecido na época por Sacopenapã, posteriormente foi substituído por Copacabana, que significa na língua quíchua - utilizada por índios nativos do Peru e da Bolívia - “mirante azul”, e designa uma península no Lago Titicaca, na fronteira entre esses dois países, onde há uma imagem da Virgem Maria que se acredita ser milagrosa, denominada Nossa Senhora de Copacabana. Tal denominação é também originária do termo aymara arcaico Copakawana, significando aquele que atira a pedra preciosa. A réplica dessa imagem foi trazida ao Rio de Janeiro e colocada, inicialmente, na Igreja da Misericórdia, no Centro, e, depois, numa ermida de pescadores, no atual Posto 6. Náufrago, o frei Antônio do Desterro foi parar naquela praia e atribuiu à Santa sua salvação, construindo para ela uma capela. Até o Século XIX, Copacabana permaneceu de difícil acesso e pouco povoada. Em 1855, José Martins Barroso, morador de Botafogo, tomou a iniciativa de fazer uma estrada (atual Ladeira dos Tabajaras) por onde pudessem passar os coches, e a praia começou a ser procurada para os piqueniques da corte.
Em 1918, o mais alto edifício possuía então apenas quatro pavimentos na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Posteriormente, uma ressaca a destruiu, exigindo ser reconstruída em 1921/22. Porém foi novamente atingida por outra ressaca e refeita em 1924, dessa vez com grosso alicerce de concreto. Nessa última data foram construídos os primeiros postos de salvamento, em concreto e tijolos. De 1969 a 1971, tal avenida foi duplicada pelo Governador Negrão de Lima, segundo sugestão do arquiteto Lúcio Costa e projeto do engenheiro Raimundo de Paula Soares. Nessa ocasião, foi colocado o Interceptor Oceânico da Zona Sul sob o calçadão central, constituindo-se, assim, na maior obra de esgotos até então efetuada na cidade. As calçadas em mosaico de pedras portuguesas foram desenhadas por Roberto Burle Marx, que se utilizou de pedras de três cores, preta, branca e vermelha, representando os povos que formaram nossa etnia. O desenho abstrato foi imaginado para ser percebido de avião, à exceção do da orla, que reproduz o antigo mosaico ondulado imitado de Portugal.
Em 1988 foram plantados coqueiros na areia pela administração Saturnino Braga, para suavizar a paisagem e, após 4 anos, foi refeita a orla pelo Prefeito Marcelo Alencar, com a proibição de estacionamentos, a construção de uma ciclovia e a colocação de quiosques de alimentação.

Referências Bibliográficas:
Revista Museu. Disponível em: http://www.revistamuseu.com.br/naestrada/naestrada.asp?id=2262
http://www.copacabanatur.com.br/historia.htm
TEIXEIRA, M. Jornal de Copacabana. Disponível em: http://www.jornalcopacabana.com.br/ed141/milton.htm

domingo, 23 de dezembro de 2007

Les Miserábles

O filme é baseado na obra do grande escritor francês Victor Hugo e aborda a história de Jean Valjean, condenado a 19 anos de prisão por ter roubado um pão. Quando é solto, sob condicional, Jean Valjean, personagem embrutecido pelo meio, é transformado por um ato de piedade.
A história é fantástica. O clássico de 1935 Les Miserábles concorreu a 4 Oscars com Fredric March (O Médico e o Monstro, 1932), Charles Laughton (O Corcunda de Notre Dame, 1939), Sir Cedric Hardwicke (O Corcunda de Notre Dame, 1939), Florence Eldridge (Mary of Scotland, 1936) e Rochelle Hudson (Juventude Transviada, 1955).
Victor Hugo era um grande conhecedor da natureza humana, e com esse belíssimo romance conseguiu emocionar a todos com a profundidade de sua crítica.
Les Miserábles é Imperdível.
Após toda esta” desconstrução e construção” íntima, lembrei-me da linda Agenda Gourmet, em que no mês de maio de 2008, podemos ler: “Um bom pão é fundamentalmente o mais satisfatório de todos os alimentos; e um bom pão com manteiga fresca é o maior de todos os banquetes. James Beard, chef e escritor de gastronomia”.

Referências Bibliográficas
WIKIPÉDIA. A Enciclopédia Livre. Les Miserábles. Disponivel em http://pt..wikipedia.org/wiki/Les_misérables_(filme_de_1935)

ADOROCINEMA. Os Miseráveis. Disponível em www.adorocinema.com/filmes/miseraveis-98/miseraveis-98.asp Acesso em 19 dezembro 2007

Agradeço a colaboração de Ivone Soares.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Ministério da Justiça vai investigar mercado de vinho

O ministro da Justiça, Tarso Genro, determinou que a Secretaria de Direito Econômico (SDE), de seu ministério, compare os rótulos e os conteúdos de produtos vinícolas vendidos no mercado brasileiro para detectar informações falsas e adulterações e aplicar sanções a quem cometer irregularidades. O despacho foi assinado no dia 14 do mês corrente, no Parque da Fenavinho, em Bento Gonçalves, diante de cerca de 300 produtores e empresários do setor.O presidente da Câmara Setorial do Vinho, Hermes Zanetti, lembrou que a cadeia produtiva do setor é prejudicada pelos cerca de cem milhões de litros de bebidas vendidos por ano no Brasil como se fossem vinho. "São produtos que agridem a saúde pública e enganam o consumidor", afirmou, referindo-se a bebidas muitas vezes elaboradas com outras frutas e corantes e ofertadas ao mercado em embalagens e rótulos semelhantes aos do vinho. Outro despacho assinado por Tarso Genro determina que a SDE verifique se há empresas vinícolas fechando acordos de exclusividade em determinadas áreas para formar preços. O ministro também orientou as Polícias Federal e Rodoviária Federal a ampliarem a fiscalização do contrabando de vinho nas fronteiras brasileiras. Segundo Zanetti, o setor calcula que de 12 a 15 milhões de litros entram no País por ano sem pagar impostos, concorrendo deslealmente com os produtores locais, que vendem cerca de 20 milhões de litros de vinho fino por ano. Os produtores saíram do encontro com o ministro satisfeitos, mas querem mais. A expectativa agora é que outro ministério, o da Fazenda, institua um selo para bebidas mistas, sangrias e coquetéis e um imposto de US$ 0,06 por garrafa de vinho importado.

Fonte: O Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.estadao.com.br/economia/not_eco96210,0.htm

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Confeitaria Colombo

Na Rua Gonçalves Dias, está situado um dos mais contemplados símbolos do Rio de Janeiro: Confeitaria Colombo. Esse ícone centário de arquitetura, onde conserva espelhos de cristal belga, molduras e vitrines de jacarandá em seus salões de estilo art noveau, era ponto de encontro de Olavo Bilac, Villa-lobos, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Lima Barreto, dentre outros. Fundada em 1894 pelos portugueses Joaquim Borges de Meirelles e Manoel José Lebrão, esse tradicional endereço possui uma gastronomia ímpar e um dos destaques é o pastel de cerveja (foto). Recomendo o saboroso chá da tarde.

Liberada a venda de frango em quatro frigoríficos

Da relação de seis frigoríficos impedidos de fornecer carne de frango in natura, no dia 7 de dezembro, quatro foram liberados para a comercialização após cumprirem as determinações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de respeitar ao limite máximo de 6% de absorção de água no frango. A medida foi anunciada no último dia 19, pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/Mapa), que liberou a comercialização do frango às empresas do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso.
De acordo com o diretor do Dipoa/Mapa, Nelmon Oliveira da Costa, as empresas cumpriram as determinações da Lei nº 7.889/89, do Código de Defesa do Consumidor e da Portaria nº 210/1998. A legislação estabelece que as empresas devem revisar seu Programa de Prevenção e Controle de Adição de Água aos Produtos, com a descrição dos controles de qualidade executados, como prevenção de fraudes econômicas. Água no frango - A água excedente no frango é decorrente do processo de resfriamento das carcaças e deve estar em quantidade máxima de 6%, para não lesar o consumidor quanto ao peso total do produto. Se uma empresa comercializa o frango com adição de 16% de líquido, por exemplo, o consumidor perde 100 gramas em cada quilo adquirido.
Antes da suspensão, os estabelecimentos foram advertidos e multados em até R$ 25 mil por infração. Na seqüência do processo, o Mapa encaminhou os dados ao Ministério Público para a instauração de procedimentos civis cabíveis. Após adotar as recomendações do Dipoa/Mapa de revisar todos os processos de controle de qualidade em todos os lotes produzidos, o Serviço de Inspeção Federal (SIF) comprovou que os procedimentos exigidos pela legislação foram integralmente cumpridos por quatro empresas, e tiveram liberada a comercialização de seus produtos no dia 19 do mês corrente.
Frigoríficos liberados para a comercialização do frango:
Eleva Alimentos S.A. – SIF 1449 – Rio Grande do Sul
Anhambi Alimentos Oeste Ltda – SIF 1678 - Mato Grosso
Recanto do Sabiá Alimentos Ltda – SIF 4044 - Minas Gerais
Avenorte Avícola Cianorte Ltda – SIF 4232 - Paraná

Fonte: Ministério da Agricultura. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/