Mostrando postagens com marcador Ciência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ciência. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Símbolo da biopirataria, cupuaçu ganha status de fruta nacional do Brasil

Depois de uma série de disputas que se estenderam por seis anos, o Brasil pode, finalmente, dizer: "O cupuaçu é nosso" A lei que estabelece o produto como fruta nacional foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada ontem (20/5) no Diário Oficial. O cupuaçu é uma fruta tipicamente nacional. Do mesmo gênero do cacau, é alimento dos povos indígenas da região amazônica. Dela se faz sucos, cremes, sorvetes, geléias, doces e, mais recentemente, chocolate.O projeto para transformar o cupuaçu em fruta nacional, de autoria do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), tramitava no Congresso Nacional desde setembro de 2003. À época, ONGs que atuam na Amazônia compraram uma briga pela paternidade da fruta, mobilizadas pela contestação à concessão dos direitos de comercialização da marca "cupuaçu" à empresa japonesa Asahi Foods. A Asahi criou uma espécie de subsidiária, a Cupuacu International [sem cedilha], que pediu também o registro de patente para os métodos de produção industrial do cupulate, o chocolate obtido a partir da semente da fruta.A campanha "O Cupuaçu é Nosso" virou, à época, um símbolo da luta de ONGs contra a biopirataria. Foi comparada com o bordão "O Petróleo é Nosso", pregação que durou seis anos (entre 1947 e 1953) e resultou na criação da Petrobras. Entidades como a Embrapa e a Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) comemoraram a sanção da lei. O diretor da Ceplac, Gustavo Moura, defendeu que outras plantas com valor econômico e social fossem protegidas, como o cacau e a seringa.

Fonte:
Jornal da Ciência. Símbolo da biopirataria, cupuaçu ganha status de fruta nacional do Brasil. E-mail 3516, de 21 de Maio de 2008. Acesso em: 21 maio 2008.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Biopirataria aumenta a desigualdade social

Indústria farmacêutica é criticada por não dividir lucros com países em desenvolvimento Graça Magalhães-Ruether escreve para “O Globo”: O ministro do meio ambiente da Alemanha, Sigmar Gabriel, criticou a exploração dos recursos genéticos dos países em desenvolvimento por parte das grandes empresas do mundo industrializado.Ao abrir a Conferência dos Países Signatários da Convenção de Biodiversidade da ONU, ontem, em Bonn, Gabriel afirmou que a divisão dos lucros obtidos com o uso desses recursos é uma reivindicação justa dos países em desenvolvimento, “uma questão de justiça”.— Os países industrializados devem reconhecer que é preciso dividir os lucros — disse Gabriel, ao alertar para a redução dramática da biodiversidade e a necessidade de criação de um acordo.Durante a reunião de duas semanas, que conta com a participação de cerca de seis mil representantes de 191 países, o Brasil defenderá como principal meta a regulamentação para o retorno dos benefícios financeiros.Fernando Coimbra, que chefia a delegação brasileira até a possível chegada do novo ministro do meio ambiente — Carlos Minc não confirmou presença — disse que o Brasil vai defender o combate à biopirataria, o uso ilegal dos recursos genéticos do pais por parte da multinacionais para a produção de medicamentos ou cosméticos e a “propriedade” dos conhecimentos tradicionais.— Quando empresas estrangeiras usarem conhecimentos tradicionais de tribos indígenas, por exemplo, o de que uma determinada erva tem um efeito curativo se for usado de determinada forma, então elas devem pagar pelo uso — afirmou Coimbra.Enquanto as multinacionais faturam milhões com as suas patentes de remédios, os países que forneceram a matéria-prima não recebem até agora um centavo. Muitos países industrializados manifestam a dúvida se é possível a regulamentação do uso desses recursos. Os EUA recusaram-se até agora a ingressar na convenção, embora sejam o pais que mais lucre com a biopirataria.

Fonte:
Jornal da Ciência. Biopirataria aumenta a desigualdade social. E-mail 3515, de 20 de Maio de 2008. Acesso em: 20 maio 2008.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Rio de Janeiro sedia debate sobre pesquisa e inovação em saúde na América Latina

Começou nessa terça-feira (15/04), no Rio de Janeiro (RJ), a I Conferência Latino-Americana sobre Pesquisa e Inovação em Saúde. O objetivo do encontro é promover a troca de experiências, conquistas e desafios, na área de ciência e tecnologia em saúde, entre países da América Latina. O evento seguirá até a próxima sexta-feira (18/04). O debate contará com profissionais da área de ciência e tecnologia, representantes de instituições de ensino e pesquisa, gestores de saúde e de ciência e tecnologia, profissionais de saúde e pesquisadores. Entre eles, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Reinaldo Guimarães, e a Diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia, Suzanne Serruya, ambos do Ministério da Saúde. O evento é uma parceria entre Ministério da Saúde, o Council on Health Research for Development (Cohred), o Global Forum for Health Research, o INSalud México, a NicaSalud Network Federation e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/Brasil). A Conferência servirá para que os países participantes tomem conhecimento de como está o desenvolvimento dos sistemas latino-americanos de pesquisas em saúde. Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, o encontro busca definir, entre outras coisas, estratégias e ações para uma futura cooperação no âmbito da América Latina. "A idéia é estimular a formação de parcerias que possam atender às demandas de eqüidade em saúde e de desenvolvimento por intermédio da pesquisa científica e de ampliar o interesse de agências de fomento externas no apoio a este processo", explica.
A Conferência será organizada em quatro grandes temas:
I - Sistemas Nacionais de Pesquisa em Saúde;
II - Financiamento à Pesquisa em Saúde;
III - Inovação, Desenvolvimento de Produtos e Acesso;
IV - Recursos Humanos para a Pesquisa em Saúde.
Na oportunidade será discutida também uma colaboração regional que possa promover a integração dos grupos participantes para tratar da cooperação Sul-Sul, ou seja, dos paises em desenvolvimento na América Latina. O projeto procura envolver as redes de pesquisa regionais existentes, institutos de pesquisa e agências de fomentos, com o objetivo de estimular essa colaboração.

Outras informações sobre o evento estão disponíveis no endereço eletrônico: http://www.cohred.org/main/healthresearchlatinamerica.php

Fonte: Ministério da Agricultura. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/saude/ Acesso em: 16 abril 2008.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Dia Mundial da Saúde

No dia 07 de abril a OPAS/OMS comemora o dia mundial da saúde com o tema: ‘Protegendo a saúde frente às mudanças climáticas’.
O Dia Mundial da Saúde, comemorado no dia 7 de abril de cada ano, marca a fundação da Organização Mundial da Saúde e é uma oportunidade para chamar a atenção mundial a um tema de grande importância à saúde global a cada ano. Em 2008, o Dia Mundial da Saúde tem como tema central a necessidade de proteger a saúde dos efeitos adversos das mudanças climáticas. O tema "protegendo a saúde frente às mudança climáticas" põe a saúde no centro do diálogo global sobre as mudanças climáticas. A OMS selecionou esse tema considerando as ameaças crescentes que as mudanças climáticas vêm causando à segurança da saúde pública global. Por meio da crescente colaboração, a comunidade global estará melhor preparada para enfrentar os desafios de saúde relacionados com o clima em todo o mundo. Entre os exemplos de tais ações de cooperação podemos citar o fortalecimento da vigilância e controle de doenças infecciosas, o abastecimento seguro e suficiente de água e a coordenação da ação de saúde nas situações de emergências e desastres.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Estudo dos Vinhos

Abertas inscrições para bolsa de mestrado de RMN no Estudo dos Vinhos do Vale do São Francisco

O Programa de Pós-Graduação em Química da UFPE abriu inscrição, até o dia 11 de abril, ao processo de seleção para preenchimento de uma vaga no Mestrado, para uma bolsa disponível com implementação imediata neste primeiro semestre de 2008. A bolsa de mestrado refere-se a um projeto aprovado na Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) objetivando realizar pesquisas utilizando técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) para investigação dos vinhos produzidos na região do Vale do São Francisco.

Mais informações em:

segunda-feira, 17 de março de 2008

Formigas são "traiçoeiras e corruptas", diz estudo

Uma nova pesquisa sugere que as formigas são traiçoeiras, egoístas e corruptas, contrariando a imagem de insetos de convivência harmoniosa e com pré-disposição para colocar o bem da comunidade acima de preocupações pessoais.
Os pesquisadores Bill Hughes, da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, e Jacobus Boomsma, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, descobriram que determinadas formigas conseguem burlar o sistema, garantindo que seus filhotes se tornem rainhas reprodutivas ao invés de operárias estéreis.
"A teoria aceita era de que as rainhas eram produzidas só por criação: certas larvas recebiam determinados alimentos para que se desenvolvessem de forma a se tornar rainhas e todas as larvas poderiam ter essa oportunidade", explicou Hughes.
"Mas nós realizamos uma identificação de DNA em cinco colônias de formigas-cortadoras e descobrimos que os filhotes de alguns pais têm maior probabilidade de se tornarem rainhas do que de outros. Essas formigas têm um gene ou genes 'da realeza', que lhes dá uma vantagem injusta e permitindo que tapeiem muitas de suas irmãs altruístas em sua chance de se tornarem rainhas."
'Às escondidas' - Mas o que intrigou os cientistas foi que essas linhagens genéticas "reais" sempre foram raras em cada colônia.
Hughes diz: "A explicação mais provável tem que ser que as formigas estão tomando medidas deliberadamente para evitar serem detectadas. Se houver um excesso de formigas de uma linhagem genética tornando-se rainhas em uma única colônia, as outras formigas notarão isso e poderão tomar uma medida contra elas."
"Então nós achamos que os machos com estes genes 'reais' evoluíram para, de alguma forma, propagar seus filhotes por mais colônias e, assim, escapar detecção. A raridade das linhas reais é, na verdade, uma estratégia evolutiva para que os tapeadores escapem do destino de ser reprimidos pelas massas altruístas que exploram."
Umas poucas vezes por ano colônias de formigas produzem machos e novas rainhas que saem do ninho em busca de novos parceiros para reprodução.
Os machos morrem pouco depois do acasalamento e as fêmeas fundam novas colônias.
Sem utopia - Os pesquisadores estão ansiosos para estudar este processo, para determinar se sua hipótese é correta e a estratégia de acasalamento dos machos com genes reais garante sua raridade, para manter suas vantagens ocultas de seus parceiros operários.
Mas a descoberta dos cientistas prova que, embora colônias de insetos sociais freqüentemente sejam citadas como prova de que sociedades possam ser baseadas em igualdade e cooperação, elas não são tão utópicas quanto parecem.
"Quando estudamos insetos sociais como formigas e abelhas, com freqüência é o aspecto cooperativo que de sua sociedade que aparece primeiro", disse Hughes.
"Mas, quando você examina mais de perto, pode ver que há conflito e tapeação - e, obviamente, a sociedade humana também é um exemplo primordial disso. Acreditava-se que as formigas eram exceção, mas nossa análise genética mostrou que a sociedade delas também é abundante em corrupção - e corrupção real!"
A pesquisa foi financiada pela Fundação Carlsberg e publicada em Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte:
Newsletter Criar e Plantar. Disponível em: http://www.criareplantar.com.br/noticia/ler/?idNoticia=10899 Acesso em : 17 mar 2008.