terça-feira, 4 de novembro de 2008

Entrevista com Dr. Alex Augusto Gonçalves

Dr. Alex Augusto Gonçalves é Coordenador do Grupo de Interesse em Pescado e me concedeu a entrevista abaixo.

1 - O que é GI-Pescado?
O Grupo de Interesse em Pescado é uma rede brasileira de profissionais que atuam na área de ciência e tecnologia do pescado, dentre eles estão pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa, profissionais que atuam no setor de controle de qualidade e pesquisa e desenvolvimento de empresas de pescado, fiscais federais do Ministério da Agricultura, técnicos da SEAP/PR, alunos de graduação e pós-graduação, além de empresários do setor.

2 - Quando teve início o GI-Pescado?
O Grupo de Interesse em Pescado – GI-Pescado, teve sua origem no Grupo de Pesquisa em Tecnologia do Pescado da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA) criado a mais de dez anos com o objetivo de reunir os diversos profissionais que atuam dentro da área de Ciência e Tecnologia do Pescado para troca de idéias, informações, discutir suas pesquisas, promover eventos dentro da área, etc.

Os coordenadores do GT-Pescado e depois GI-Pescado foram:
Biênio (GI-Pescado): 2009/2010: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GI-Pescado): 2007/2008: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GI-Pescado): 2005/2006: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GI-Pescado): 2003/2004: Alex Augusto Gonçalves
Biênio (GT-Pescado): 2001/2002: Alex Augusto Gonçalves (extra-oficial)
Biênio (GT-Pescado): 1999/2000: Walter Maia
Biênio (GT-Pescado): 1997/1998: Walter Maia
Biênio (GT-Pescado): 1995/1996: Marília Oetterer
Biênio (GT-Pescado): 1993/1994: Marília Oetterer
Biênio (GT-Pescado): 1991/1992: Marília Oetterer

Em virtude do distanciamento entre os profissionais, as reuniões eram feitas apenas a cada dois anos durante o Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos (CBCTA). No ano de 2000, quando teríamos a tradicional reunião do GT-Pescado durante o CBCTA em Fortaleza (CE), por algum motivo a mesma não ocorreu. Assim, após algumas conversas com ex-coordenadores do GT-Pescado, eu decidi fazer uma reformulação na maneira de aproximar os profissionais da área e manter uma comunicação constante com os mesmos. Primeiramente optou-se por efetuar todos os contatos via internet e iniciar o cadastramento dos profissionais que tinham interesse em participar, que felizmente isso vem acontecendo até hoje.
Para iniciarmos uma nova etapa de trabalho, decidi mudar o nome do GT-Pescado para “Grupo de Interesse – Pescado”, o qual foi aprovado por unanimidade durante do CBCTA em 2002 (Porto Alegre, RS). Nesse novo grupo, não só apenas os que trabalham na área de Ciência e Tecnologia do Pescado se cadastrariam, e sim, todos àqueles que tenham algum interesse específico dentro da área de pescado.
Depois construi a homepage do GI-Pescado, mesmo que provisório e com constantes atualizações, e lá encontram-se uma listagem dos profissionais cadastrados, relação dos grupos de pesquisa, eventos dentro da área, links, Boletim – O Inspetor de Pescado (INFOPESCA), etc..
3 - Qual é o objetivo desse Grupo?

Divulgar os conhecimentos de ciência e tecnologia do pescado entre os colegas cadastrados no grupo.

4 - Qual é a importância do fórum para o GI-Pescado?
O fórum foi criado para facilitar a troca de informações entre os colegas cadastrados no grupo. Todos os profissionais que encaminharam sua ficha cadastral ao coordenador teve seu e-mail cadastrado automaticamente no fórum. Todos aqueles que desejam encaminhar uma sugestão ou dúvida, envia diretamente uma mensagem para gipescado@grupos.com.br.

5 - Quais são as metas do Grupo para o próximo o ano de 2009?
Continuar o trabalho que vem sendo feito e tentar buscar uma maior divulgação do grupo entre as entidades de pesquisa que atuam na área de ciência e tecnologia do pescado. O GI-Pescado é o “braço direito” da “Red Panamericana de Inspección, Control de Calidad y Tecnología de Productos Pesqueiros (RED-PAN)” aqui no Brasil, e como Diretor da área de Tecnologia da RED-PAN, tenho como meta fortalecer os dois grupos e tentar de alguma forma uma integração entre os três setores: universidade, empresas, instituições governamentais. Muita coisa ainda deve ser feita, como melhoria no website (ter um domínio próprio e mais espaço para disponibilizar imagens, vídeos, etc.), busca de mecanismos que permitam uma maior sintonia entre os pares no sentido de não dispersar pesquisas nas diferentes entidades, partindo para a elaboração conjunta e multi-institucional de projetos temáticos. Aproveitar os eventos científicos para promover reuniões do GI-Pescado e a sua divulgação.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Áreas de ponta sofrem falta de pesquisadores

Estudos em áreas como biodiversidade e mudanças climáticas esbarram em déficit de pessoal qualificado Outro gargalo competitivo que começa a se formar com o aumento dos recursos para ciência e tecnologia no Brasil é a falta de cientistas qualificados em algumas áreas estratégicas de pesquisa para o País, como mudanças climáticas, bioenergia e biodiversidade. À medida que cresceu a economia do País nos últimos anos, cresceu também a demanda por novos conhecimentos e novas tecnologias em todos os setores.“Mesmo 10 mil doutores por ano é pouco para tudo o que a gente quer fazer”, diz o biólogo molecular Marcos Buckeridge, da USP, que trabalha em uma das áreas mais competitivas da ciência brasileira na atualidade: a produção de biocombustíveis.Ele conta ter dificuldades para encontrar bons cientistas em bioinformática e fisiologia vegetal para trabalhar no Bioen, um projeto de R$ 73 milhões lançado recentemente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com o governo federal, governo de Minas e o setor privado. “Acho que não teremos gente suficiente. Precisamos absorver tudo que temos aqui e, ainda assim, é provável que teremos de trazer gente de fora.”A escassez de cérebros também começa a ser sentida na área de pesquisas climáticas, cruciais para a produção agrícola e a conservação ambiental. Só a Fapesp planeja injetar R$ 100 milhões em estudos sobre mudanças climáticas nos próximos dez anos, mas o especialista Pedro Leite da Silva Dias sente dificuldades para encontrar pesquisadores qualificados no tema, que exige treinamento multidisciplinar extenso.“Não vamos ter equipes de primeira linha em todas as áreas imediatamente. Entre tomar a decisão de investir numa área e ter pesquisadores formados leva tempo”, afirma Dias, diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.O Brasil tem cerca de 200 mil pesquisadores trabalhando diretamente com pesquisa e desenvolvimento - mais de 70% deles alocados em escolas de ensino superior, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). É muito pouco, dizem os especialistas.O País está entre os dez que mais formam doutores no mundo, mas a proporção de titulados em relação à população ainda é baixa, como mostra um estudo recente organizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Quando se considera o número de doutores por 100 mil habitantes, a posição do País cai de 10º para 27º num grupo de 34 países.“França e Espanha formam mais ou menos o mesmo número de doutores que nós, com um terço da nossa população”, diz o presidente do CNPq, Marco Antônio Zago. “O sistema ainda tem muito espaço para crescer”, completa o ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.No limiteDepois de um crescimento explosivo nos últimos 20 anos, a capacidade do sistema acadêmico de formar doutores parece estar perto do limite. Segundo Rezende, o País dificilmente atingirá a meta de formar 16 mil doutores por ano em 2010, como previsto no Plano Nacional de Pós-Graduação. Uma das causas pode ser a falta de estudantes qualificados.“Há uma certa saturação em termos de matéria-prima e do próprio sistema”, diz o ministro. O número de novos alunos matriculados em cursos de doutorado sofreu uma queda brusca entre 2003 e 2004 (de 11.343 para 9.623) e só no ano passado voltou ao patamar dos 11 mil, segundo informações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação. Os números de 2008 ainda não estão disponíveis.“Não há dúvida de que a pós-graduação precisa dar um novo salto significativo na formação de doutores, principalmente em áreas aplicadas, como a engenharia”, afirma Eduardo Viotti, pesquisador visitante do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade Columbia, em Nova York, que foi um dos autores do estudo do CGEE.Historicamente, segundo ele, a expansão do sistema foi no sentido de formar doutores para a própria academia. Não houve ênfase na formação de especialistas com perfil voltado para a inovação tecnológica e a pesquisa de ponta, que é o que o País precisa agora.Contratação difícil“Falta muito cientista”, reforça o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antonio Raupp. “Precisamos formar mais gente e abrir mais vagas de trabalho para que esses novos talentos possam ser contratados. Hoje temos uma evasão de jovens, porque o sistema não consegue absorvê-los.”Segundo o estudo do CGEE, dos 40.271 doutores formados no País entre 1996 e 2003, 64% estavam formalmente empregados em 2004 - a maior parte na área de educação. Falta saber o que aconteceu com os outros 36%.Segundo Viotti, é provável que muitos estejam fazendo pós-doutorado - ou seja, sobrevivendo à custa de bolsas - ou trabalhando como professor visitante, o que não conta como emprego formal. “Isso não é necessariamente ruim, desde que seja uma fase na vida do profissional”, diz. “Mas, se tudo que o pesquisador consegue ao fim do doutorado é um emprego informal, certamente isso compromete a evolução do sistema.”Especialistas defendem não só a abertura de vagas como uma revisão das regras de contratação de pesquisadores, de modo a facilitar a absorção de novos talentos - e eliminar cientistas improdutivos do sistema.Fapesp vai em busca de cérebros no exteriorA Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) deve colocar nas próximas semanas um anúncio de emprego na revista britânica Nature - uma das mais influentes no mundo da ciência - à procura de pesquisadores estrangeiros interessados em trabalhar com biocombustíveis no Brasil.A proposta é atrair talentos de outros países para reforçar o Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (Bioen), lançado em julho, com aporte de R$ 73 milhões.“É um sinal de que o Brasil está entrando no mercado mundial de ciência e tecnologia para competir pelos melhores pesquisadores disponíveis”, diz o pesquisador Marcos Buckeridge, do Instituto de Biociências da USP, um dos coordenadores do programa. “Estamos passando de fornecedores para importadores de cérebros.”Anúncios desse tipo são comuns em revistas especializadas internacionais. Instituições, empresas, Estados e países fazem propaganda de sua infra-estrutura de pesquisa para atrair cientistas de determinadas especialidades. Nos Estados Unidos, grande parte dos pesquisadores é estrangeira.“Queremos incentivar a internacionalização”, diz o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz. “Não há razão para o Brasil ficar fora desse mercado. São Paulo tem atrativos de pesquisa que são perfeitamente competitivos com o que é oferecido em outros países.”Tradicionalmente no Brasil, as agências de fomento só fornecem dinheiro para bolsas nominais, em que o aluno já foi selecionado para o projeto. Desde o início do ano, a Fapesp reverteu essa equação: projetos temáticos já incluem dinheiro reservado para bolsas, que pode ser usado como “isca” para atrair pesquisadores de outros países. A única exigência é que o coordenador do projeto publique um anúncio mundial de concorrência para a vaga.

Fonte:
Áreas de ponta sofrem falta de pesquisadores. Jornal da Ciência. Acesso em: 03 nov 2008. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=59671

terça-feira, 28 de outubro de 2008

FAO pede explicações a China sobre melamina em alimentos

PEQUIM - A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pediu explicações a China sobre eventuais traços de melamina na cadeia alimentar. A recente descoberta da substância química em Hong Kong em ovos procedentes da China provocou o temor de que a melamina esteja presente em alimentos como carne ou pescado, afirmou Zhang Zhongjun, diretor da FAO em Pequim.De acordo com Zhongjun, o ministério chinês da Agricultura abriu uma investigação para determinar se melamina foi adicionada aos alimentos para animais, o que explicaria sua presença na cadeia alimentar."Não conhecemos os detalhes da investigação. Queremos que nos comuniquem imediatamente os resultados", disse. "Se for confirmado que os alimentos estão contaminados, então a possibilidade existe", acrescentou.Segundo Zhang, alguns produtores podem ter pensado da mesma maneira como aqueles que adicionaram melamina ao leite para dar a aparência de um maior teor de proteínas.Quatro bebês morreram na China depois do consumo de leite adulterado com melamina e mais de 50 mil crianças foram infectadas e tiveram problemas renais.A rede de supermercados americanas Wal-Mart retirou das prateleiras na China, por precaução, os ovos da marca Hanwei, uma das principais do país. No fim de semana, as autoridades de Hong Kong anunciaram a descoberta de ovos adulterados com melamina desta marca.

Fonte: FAO pede explicações a China sobre melamina em alimentos. Acesso em 28 out 2008. Disponível em: http://www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_4/2008/10/28/noticia_interna,id_sessao=4&id_noticia=43982/noticia_interna.shtml

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Cadeias produtivas de uva e pêssego querem padronizar orientações técnicas

O Frutitec, encontro técnico sobre agroquímicos para a cultura da uva e do pêssego, reunirá representantes das cadeias produtivas, nesta quarta-feira (22), em Bento Gonçalves/RS, para discutir rastreabilidade e padronização de técnicas. Serão tratadas também tecnologias e tendências atuais do cultivo, como recurso para oferecer produtos dentro dos padrões exigidos pelo mercado e aumentar a competitividade.
Lançamento - Na abertura do encontro, a Embrapa Uva e Vinho lançará o Manual de Identificação e Controle de Doenças, Pragas e Deficiências Nutricionais da Videira. A publicação, elaborada pelos pesquisadores da empresa, estará à venda por R$ 10.
As inscrições para o Frutitec são gratuitas. Mais informações pelo telefone (54) 3468-0210. (Lis Weingärtner, com informações da Embrapa Uva e Vinho).

Fonte:
Cadeias produtivas de uva e pêssego querem padronizar orientações técnicas. 21/10/2008 Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/ Acesso em: 21 out 2008.


Ômega 6 é ligado ao mal de Alzheimer


Esse tipo de ácido graxo pode ser encontrado em vegetais e nozes Ian Sample escreve para “The Guardian“: um ácido graxo, encontrado em alimentos considerados saudáveis, pode danificar as células do cérebro e aumentar o risco de Alzheimer, afirmam pesquisadores. Esse ácido graxo, que é parte essencial do ômega 6, em geral é encontrado em vegetais, frutas e nozes, considerados elementos vitais de uma dieta saudável. Contudo, testes realizados por cientistas nos Estados Unidos mostraram que o ácido araquidônico em grande quantidade está ligado a mudanças no cérebro observadas comumente em doentes de Alzheimer. Os pesquisadores mediram o nível desse elemento químico no cérebro de ratos saudáveis e também no de um grupo de cobaias criadas para desenvolver o Alzheimer. “A mudança que mais chamou a nossa atenção no rato com Alzheimer foi o aumento dos níveis de ácido araquidônico e metabólitos no hipocampo, centro da memória que é afetado logo no início e severamente pela doença”, disse Rene Sanches-Mejia, que conduziu o estudo no Instituto Gladstone de Doenças Neurológicas, em São Francisco, EUA. O ácido araquidônico forma uma barreira hematoencefálica, membrana que atua como um filtro e protege os neurônios contra a entrada de contaminantes perigosos na circulação sanguínea. O estudo, publicado na revista Neuroscience, sugere que o excesso de ácido araquidônico pode ser prejudicial. Bloqueio de enzimaEscaneamentos do cérebro mostraram que a doença de Alzheimer está ligada a um aumento de “placas” de proteínas em áreas-chave do cérebro. Essas placas atacam uma enzima que decompõe o ácido araquidônico numa variedade de elementos químicos. Os cientistas concluíram que, se bloqueassem a enzima, os níveis desses elementos químicos derivados do ácido araquidônico no cérebro dos ratos diminuiriam e eles não desenvolveriam problemas de memória e comportamento.
A doença pode ser caracterizada com os seguintes sintomas na fase inicial: dificuldade na fala e desorientação de tempo e espaço, dificuldade para tomar decisões e lembrar fatos recentes, perda de iniciativa. Fase intermediária: Dificuldade para realizar atividades cotidianas e para lembrar nomes de pessoas, necessidade de assistência na higiene pessoal, alterações de humor e de comportamento, como agitação, agressividade, delírios e apatia. Fase avançada: Os distúrbios de memória são mais acentuados e o aspecto físico da doença torna-se mais aparente. O portador tem dificuldade para alimentar-se sozinho, não reconhece familiares e amigos e tem dificuldade de locomoção. Causa: Ainda é desconhecida. Somente 5% dos casos têm explicação genética. Diagnóstico: Não existe um teste único. É feito com base em histórico familiar, análise dos sintomas e exames clínicos. De 5% a 8% são as probabilidades de uma pessoa de 60 a 70 anos desenvolver a doença. O risco sobe para 40% após os 85 anos de idade. (O Estado de SP, 21/10)

Fonte: Jornal da Ciência. e-mail 3624, de 21 de Outubro de 2008. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=59423 Acesso em: 21 out 2008.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Seminário discute segurança alimentar e respostas do governo à conjuntura atual

Alta no preço dos alimentos, crise econômica, aquecimento global, produção de agrocombustíveis. Esses são temas que ganharam destaque no debate internacional este ano. Os impactos e os desafios dessas questões para a produção e acesso aos alimentos também têm sido discutidos por especialistas, por autoridades e pela sociedade em geral.
No dia 15 de outubro, véspera do Dia Mundial da Alimentação, será promovido o seminário Semana Mundial da Alimentação: os desafios para a segurança alimentar e nutricional e as respostas do governo brasileiro. Participam ministros, integrantes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), presidentes dos conselhos estaduais, representantes de organismos internacionais e convidados.
A abertura será feita pelo ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Patrus Ananias, pelo presidente do Consea, Renato Maluf, e pelo representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, José Tubino, às 9h30, no Auditório do Anexo I do Palácio do Planalto, em Brasília.
“Para o Dia Mundial da Alimentação temos uma ampla agenda de discussões a partir dos desafios propostos porque o acesso à alimentação é questão de soberania nacional, é assunto de Estado”, afirma o ministro Patrus Ananias.
Para a secretária-executiva do MDS, Arlete Sampaio, o seminário será importante para destacar as ações do Brasil no combate à fome e ressaltar a importância do País como exportador. “Este é um grande momento em que o Brasil pode impedir que os mais pobres sofram com alta dos preços e também se consolide como grande provedor de alimentos para o mundo”, enfatiza.
O presidente do Consea destacou que a alta no preço dos alimentos está num contexto de diversos componentes, como crescimento da demanda, expansão econômica, aumento do poder de compra dos mais pobres, alta do petróleo, quebra de safra e baixos estoques. "Mas, fundamentalmente, é uma crise de modelo", afirma.
O seminário é promovido pelo MDS, FAO e Consea e terá a participação de ministros e representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Fazenda e da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP).

Fonte: Seminário discute segurança alimentar e respostas do governo à conjuntura atual Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/ Acesso em 14 out 2008.