Com a chegada das férias, muitos turistas escolhem como destino locais para a prática do ecoturismo, encontrados em abundância em todo o território nacional. Em boa parte do Brasil, esses locais se encontram em áreas de risco para a febre amarela silvestre, o que exige cuidados dos viajantes. Para uma viagem tranqüila, o Ministério da Saúde recomenda aos turistas a vacinação contra a doença 10 dias antes de chegar ao local escolhido. Essa antecedência é essencial pois é o tempo necessário para o organismo humano, criar proteção contra a doença. A vacina contra a febre amarela é segura, tem validade de 10 anos e está disponível nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2007, houve a notificação de seis casos de febre amarela no país, sendo dois casos no estado do Amazonas, dois em Goiás, um em Roraima e outro no Pará. Das pessoas que contraíram a doença, cinco pessoas morreram.
Áreas de risco
No Brasil, as áreas de risco para a doença estão nas regiões Norte e Centro-Oeste, no estado do Maranhão e no oeste dos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.Nessas regiões, a vacinação é feita de forma rotineira. A vacina contra a febre amarela integra o calendário de vacinação brasileiro e deve ser tomada, segundo as recomendações, a partir dos nove meses de vida nos locais de risco, chamados de áreas endêmicas, de transição ou risco potencial. Nas áreas onde não há circulação do vírus amarílico, identificadas como áreas indenes, a vacina é indicada para viajantes que se deslocam para áreas de risco.
A Doença
A febre amarela é uma doença infecciosa, causada pelo vírus amarílico, que ataca o fígado e outros órgãos, podendo levar à morte. A transmissão ocorre, principalmente, em regiões de matas. No passado, também havia a ocorrência da febre amarela urbana, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Desde 1942 não há casos de febre amarela urbana no Brasil. Nas matas, a febre amarela ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas. Esses mosquitos vivem também nas vegetações à beira dos rios e picam o homem quando ele entra na mata. Caso o indivíduo não esteja vacinado, ele corre o risco de contrair a doença. A maior incidência da doença acontece nos meses de janeiro a abril, período das chuvas. Nessa época, há um aumento da quantidade do mosquito transmissor e, por coincidir com a época de férias, muitos ecoturistas não vacinados se deslocam para regiões de risco. As atividades agrícolas realizadas no período também podem levar um número maior de pessoas às áreas com risco de transmissão.Portanto, se você vai viajar para alguma das áreas onde pode haver transmissão de febre amarela, tome a vacina em um posto de saúde e viaje tranqüilo. Visite o link para a febre amarela no Glossário de Doenças: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=26916
Fonte: Ministério da Saúde. Disponível em: http://www.saude.gov.br/
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