terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Copacabana: Aspectos Históricos

Em meados do século XVIII, o nome que designava o espaço da atual Copacabana até a Lagoa Rodrigo de Freitas, conhecido na época por Sacopenapã, posteriormente foi substituído por Copacabana, que significa na língua quíchua - utilizada por índios nativos do Peru e da Bolívia - “mirante azul”, e designa uma península no Lago Titicaca, na fronteira entre esses dois países, onde há uma imagem da Virgem Maria que se acredita ser milagrosa, denominada Nossa Senhora de Copacabana. Tal denominação é também originária do termo aymara arcaico Copakawana, significando aquele que atira a pedra preciosa. A réplica dessa imagem foi trazida ao Rio de Janeiro e colocada, inicialmente, na Igreja da Misericórdia, no Centro, e, depois, numa ermida de pescadores, no atual Posto 6. Náufrago, o frei Antônio do Desterro foi parar naquela praia e atribuiu à Santa sua salvação, construindo para ela uma capela. Até o Século XIX, Copacabana permaneceu de difícil acesso e pouco povoada. Em 1855, José Martins Barroso, morador de Botafogo, tomou a iniciativa de fazer uma estrada (atual Ladeira dos Tabajaras) por onde pudessem passar os coches, e a praia começou a ser procurada para os piqueniques da corte.
Em 1918, o mais alto edifício possuía então apenas quatro pavimentos na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Posteriormente, uma ressaca a destruiu, exigindo ser reconstruída em 1921/22. Porém foi novamente atingida por outra ressaca e refeita em 1924, dessa vez com grosso alicerce de concreto. Nessa última data foram construídos os primeiros postos de salvamento, em concreto e tijolos. De 1969 a 1971, tal avenida foi duplicada pelo Governador Negrão de Lima, segundo sugestão do arquiteto Lúcio Costa e projeto do engenheiro Raimundo de Paula Soares. Nessa ocasião, foi colocado o Interceptor Oceânico da Zona Sul sob o calçadão central, constituindo-se, assim, na maior obra de esgotos até então efetuada na cidade. As calçadas em mosaico de pedras portuguesas foram desenhadas por Roberto Burle Marx, que se utilizou de pedras de três cores, preta, branca e vermelha, representando os povos que formaram nossa etnia. O desenho abstrato foi imaginado para ser percebido de avião, à exceção do da orla, que reproduz o antigo mosaico ondulado imitado de Portugal.
Em 1988 foram plantados coqueiros na areia pela administração Saturnino Braga, para suavizar a paisagem e, após 4 anos, foi refeita a orla pelo Prefeito Marcelo Alencar, com a proibição de estacionamentos, a construção de uma ciclovia e a colocação de quiosques de alimentação.

Referências Bibliográficas:
Revista Museu. Disponível em: http://www.revistamuseu.com.br/naestrada/naestrada.asp?id=2262
http://www.copacabanatur.com.br/historia.htm
TEIXEIRA, M. Jornal de Copacabana. Disponível em: http://www.jornalcopacabana.com.br/ed141/milton.htm

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